GD Chaves 0-2 SL Benfica: Mitroglou salva mediocridade encarnada

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    Regresso do tricampeão nacional a Chaves, terreno sempre complicado, quase 20 anos depois da última aparição do Desportivo local na primeira liga portuguesa. Mudaram os intervenientes entretanto mas a dificuldade de jogar em Trás-os-Montes confirmou-se que ainda é o que era. Surpreendeu a troca de Júlio César – realizara excelente exibição frente ao Braga – por Éderson mas compreende-se pela proximidade do jogo com o Nápoles e com a necessidade de o número 1 encarnado “aquecer” os motores.

    Vendeu bem cara a derrota a equipa de Jorge Simão. Toda a primeira parte foi um autêntico acumular de erros de posicionamento, desconcentrações defensivas e passes básicos falhados por parte do Benfica. A entrada no jogo foi feita completamente a dormir e o Chaves, bem, aproveitava para criar várias dificuldades junto da baliza de Éderson. Do lado dos encarnados, a desinspiração estendia-se a toda a equipa e raras foram os lances de perigo criados por Mitroglou, Salvio – deplorável exibição -, Pizzi e Gonçalo Guedes. Mais atrás, Fejsa também não esteve nos seus dias e André Horta também não fez melhor. Perante este cenário, o nulo ao intervalo era um mal menor face às várias situações de golo de que o Chaves dispôs, com bolas aos ferros pelo meio. Ainda no primeiro tempo, Mitroglou fez o gosto ao pé mas, sem sabermos bem como, o assistente de Tiago Martins viu o grego em posição de fora-de-jogo.

    Pizzi vai somando golos e assistências mas o seu lugar é na direita... Fonte: SL Benfica
    Pizzi vai somando golos e assistências mas o seu lugar é na direita…
    Fonte: SL Benfica

    O intervalo fez bem a Rui Vitória e aos jogadores. Nos segundos 45 minutos, mesmo que a criatividade ofensiva não aparecesse a não ser por iniciativas individuais, o Benfica conseguiu, finalmente, ter o controlo do jogo, até porque a equipa local já não apresentava disponibilidade física para realizar semelhante pressão no portador da bola como fizera na primeira metade. Contudo, não se percebia muito bem como é que o Benfica iria furar a bem montada defensiva flaviense. O relógio arrastou-se até perto do minuto 70 quando Pizzi cavou um livre à entrada da área. Grimaldo tratou de colocar a bola em cruzamento-remate na cabeça de Mitroglou e finalmente o tricampeão chegava ao golo. Com tão fraca exibição, o mais difícil estava feito e o 3.º golo do grego no campeonato valia ouro. Até final, o Chaves ainda espreitou, aqui e ali, o empate – nomeadamente através de Vukcevic, ex-Sporting – mas Pizzi acabaria por fechar o resultado ao minuto 85, aproveitando o ressalto da bola em Celis após mais um livre do espanhol Grimaldo.

    Os 3 pontos acabam por ser o melhor que o Benfica consegue tirar deste jogo. O regresso de Jonas e a saída de Salvio da equipa – Carrillo já merece uma oportunidade – são essenciais para que a equipa consiga estabilizar e começar a apresentar qualidade proporcional ao extraordinário plantel de que Rui Vitória dispõe. No entanto, é de valorizar que Vitória consiga, perante tantas adversidades, ir ganhando. E se ganha a jogar mal e com vários jogadores importantes indisponíveis… o futuro só poderá ser melhor.

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    Francisco Vaz de Miranda
    Francisco Vaz de Miranda
    Apoia o Sport Lisboa e Benfica (nunca o Benfas ou derivados) e, dos últimos 125 jogos na Luz, deve ter estado em 150. Kelvin ou Ivanovic não são suficientes para beliscar o seu fervor benfiquista.                                                                                                                                                 O Francisco não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.