O Rio’2016 acabou e Portugal não teve uma grande prestação, a verdade é esta. Partiu-se com boas esperanças mas os resultados, em alguns casos, não foram os melhores, apesar de algumas boas surpresas como José Carvalho no K1 Slalom.
Estivemos perto das medalhas em vários casos mas o facto é que apenas trouxemos uma medalha do Rio’2016, quando o objetivo seria duas, segundo o contrato-programa existente, logo não podemos dizer que tenha sido positiva a presença no Brasil.
Em Londres’2012 Portugal conseguiu uma prata e nove diplomas, enquanto este ano, no Rio’2016, conseguiu um bronze e 10 diplomas, um resultado que para as entidades oficiais é melhor e que tendo a concordar, apesar da medalha conquistada ser de um nível inferior. No entanto, no final saímos do Brasil como entrámos, uma medalha por edição, o que é manifestamente pouco, muito pouco, para um país como Portugal. A desculpa de país pequeno não pega, esta não é razão para tão poucas medalhas na nossa longa história olímpica.
O certo é que agora a sociedade critica tudo e todos por apenas uma medalha, os Desportistas criticam tudo e todos pela falta de condições mas na realidade ninguém faz nada para mudar esta situação.
As expectativas saíram defraudadas mais uma vez, como saíram em 2012, mas porquê? A maioria culpa a falta de condições de treino e de apoios monetários, são importantes, sim, mas não são únicas, são talvez apenas uma das partes mais visíveis do problema, que, infelizmente, penso que agora só voltará a ser levantado no pós Tóquio’2020, quando nos voltarmos a perguntar porque não obtivemos bons resultados, esquecendo que não fizemos nada enquanto sociedade para mudar os resultados.