Começando por responder à pergunta que coloquei no título: sim, a tecnologia invadiu o desporto, ainda que esta invasão possa ser sentida mais em alguns desportos do que em outros e nos mais diversos aspetos desportivos.
Ultimamente, a tecnologia no desporto tem tido um único foco mediático, que é o da arbitragem. Com a introdução do vídeo-árbitro no futebol, muita gente olha para a entrada da tecnologia no desporto unicamente por esta vertente, mas a verdade é que a tecnologia está presente em muitos mais desportos, ultrapassando o simples jogo e constituindo-se, não só como uma ferramenta de apoio aos árbitros, mas também aos próprios treinadores, preparadores físicos e restante equipa técnica.
A revolução tecnológica que se tem feito sentir no mundo desde os finais do século passado começou também a entrar no desporto no inicio deste século – vários desportos, como o ténis e o râguebi, foram pioneiros na liberalização da tecnologia ao desporto. O ténis com a ferramenta do Hawk-Eye, que permite aos jogadores solicitar a revisão de um determinado ponto, independentemente da decisão dos juízes; e o râguebi com a introdução do vídeo-árbitro em 2001, que hoje é já uma ferramenta bem conhecida dos adeptos portugueses, mas que teve entrada no futebol apenas em 2017.
Falando no caso especifico do futebol, e arrumando desde já o lado mais conhecido, que é o da arbitragem, a tecnologia começou por entrar discretamente no futebol com o Hawk-Eye que, apesar de ter sido introduzida no ténis em 2004, no futebol apenas entrou em 2012.
O Hawk-Eye, no futebol, como muitos saberão, tem uma única função principal, a de acabar com a clássica dúvida – a bola entrou ou não? -, dando o alerta ao árbitro no seu relógio caso a bola tenha entrado totalmente. Esta foi a primeira grande ajuda da tecnologia aos árbitros registada no futebol, mas que não chega à grande maioria das ligas pelos seus elevados custos económicos.