Saída inglória de Klopp e Kehl. Um Wolfsburgo pragmático levou a melhor sobre um Dortmund inconsequente e sem ideias e conquistou a sua primeira Taça da Alemanha. A turma de Dieter Hecking começou a perder, mas deu a volta e mostrou-se melhor perante os 75 mil espectadores que criaram um ambiente fantástico em Berlim.
Uma entrada pressionante do Dortmund proporcionou o primeiro golo, marcado pelo gabonês Aubemayang, que servido de forma excelente por Kagawa bateu o guarda-redes Diego Benaglio. Aos 22 minutos, o Wolfsburgo ganhou um livre à medida de Naldo, que com um tiraço de fora de área obrigou Langerak a largar a bola para a frente, aparecendo Luiz Gustavo de forma rápida a repor a igualdade. O Dortmund tentava impor o seu futebol mas acabou por sofrer o segundo golo numa jogada vistosa, onde Caligiuri serviu de peito o belga De Bruyne, que desferiu um remate colocado, deixando o Wolfsburgo em vantagem no Olympiastadion. Passados cinco minutos, numa jogada de envolvimento da turma de Dieter Hecking, Perisic tirou um cruzamento com régua e esquadro que foi teleguiado para a cabeça de Bast Dost, que não perdoou e colocou o Wolfsburgo com uma vantagem de dois golos antes do intervalo.
A segunda parte começou com o Wolfsburgo a aproveitar as constantes perdas de bola do Dortmund, e, com um passe fantástico de De Bruyne, Caligiuri apareceu isolado e proporcionou uma defesa preciosa de Langerak. A luta a meio-campo continuou e foi o Dortmund que conseguiu uma grande oportunidade, com Kagawa a tirar tinta ao poste. Aos 65 minutos, Hummels perdeu uma bola no meio-campo e deixou a sua equipa em contrapé. Caligiuri surgiu frente a frente com o guarda-redes Langerak e conseguiu fazer a bola passar por ele, mas Durm salvou o lance e deu esperança à sua equipa. O jogo continuava a favor do Wolsfburgo e, apesar de Benaglio ter que dizer “presente” algumas vezes, não existiram razões que levassem a crer que o Dortmund ia conseguir superar-se.
A equipa de Hecking mostrou-se sempre mais eficaz e conquistou um título bastante desejado para concluir uma época fantástica. Dos pupilos de Klopp pode dizer-se que este é o fim de uma linha para muitos. Uma despedida fraca para um treinador que marcou uma época na Alemanha e voltou a dar vida a uma equipa que andava moribunda.
A figura:
Kevin De Bruyne – Mourinho nem sabe o jogador fantástico que perdeu. O melhor jogador da Bundesliga é claramente um elemento “mais” nesta equipa, que joga e faz jogar. Marcou mais um golo e deixou a sua marca neste título.
O fora-de-jogo:
Marco Reus – O fantástico jogador alemão não esteve à sua altura. A equipa não esteve bem e o craque não conseguiu impor o seu jogo e desequilibrar como é seu costume. Terá sido o último jogo de Reus?
Foto de capa: Facebook do Wolfsburg