Liga dos Campeões em 2005, com o Liverpool; Euro 2008, Mundial 2010 e Euro 2012, com a Espanha; Campeonato Espanhol em 2012, com o Real Madrid, contra o Barcelona de Guardiola; Liga dos Campeões em 2014, com o Real Madrid; Maestro do Bayern de Munique de Pep Guardiola. Tudo isto é Xabi Alonso: um dos melhores médios desta geração.
Quando se fala do Liverpool que venceu a final mais épica da história da Champions League, é a garra de Steven Gerrard que é lembrada. Quando se fala da era dourada da seleção espanhola, que culminou com dois europeus e um mundial, só se fala do tiki taka, liderado por Xavi e Iniesta. Quando se fala da 10ª Liga dos Campeões do Real Madrid, só se fala de Ronaldo. Quando se fala do Bayern demolidor de Pep Guardiola, só se fala de Lewandowski e companhia. Mas o que têm todos estes momentos em comum? Xabier Alonso Olano.
O médio espanhol é um dos melhores jogadores que atuaram na Europa nos últimos anos. Mas parece que nunca é lembrado. Talvez devido ao seu futebol perfumado e de pantufas, Alonso passa despercebido no campo. Mas não ignorem a sua presença.
Passes teleguiados. Remates furiosos. Um futebol elegante e clássico como pouco se viu no futebol. Xabi Alonso merece ser recordado para todo o sempre. Não fez parte da turma do tiki taka, não marcou os golos decisivos para o Real vencer a tão desejada 10ª, nem tão pouco foi o herói de Istambul, quando o Liverpool recuperou de um 3-0 – o herói, esse, é o filho de Anfield, Gerrard -, mas esteve sempre lá.
Com a sua classe, com a sua inteligência, com a sua visão de jogo, com o seu respeito pelo bom futebol. Simplificava o jogo. A bola nunca chorava. Sorria cada vez que o espanhol batia forte e virava o jogo, ou de cada vez que rasgava uma defesa inteira com um passe soberbo.
Um jogador ímpar, com um palmarés ímpar, com um jogo ímpar. Xabi Alonso é um dos grandes. Talvez poucos se apercebam, mas o jogo fica mais pobre.
Por isso, Alonso, permite-me a ousadia de gritar uma coisa por ti: “Futebol, não te esqueças de mim!”.
Foto de capa: SportBerri.com
Artigo revisto por: Francisca Carvalho