Juventus 3-0 FC Barcelona: Contas feitas… ou nova remontada?

    Cabeçalho Futebol InternacionalO jogo entre as equipas campeãs dos seus respetivos campeonatos, mesmo antes de começar, já detinha fatores que aumentavam a expetativa em torno do apito inicial. Aspetos como o reencontro de Dani Alves com uma equipa onde passou oito anos e conquistou os mais diversos troféus (integrou, segundo ilustres, um dos melhores onzes da história: Barcelona 2010/2011) ; o famoso duelo entre Chiellini e Luís Suarez; e obviamente pelo facto de consistir na reedição da final da Champions de 2014/2015.

    A Juventus começou o jogo logo ao ataque contra uma defesa que se mostrava débil. Com Mathieu e Sergi Riberto adaptados, sendo que o primeiro a defesa esquerdo, o segundo a direito; Umtiti ainda sem convencer. Após tentativa de Higuaín aos 3’, a equipa da casa adianta se no marcador logo aos 7’: habitual investida de Juan Quadrado pelo corredor direito, assistência para Dybala que, dentro da área, com espaço e de costas para a baliza, efetua um movimento que parece simples e lhe permite ter ângulo para visar a baliza defendida por Ter Stegen. Um grande lance de futebol.

    Esperava-se uma reação do Barça, já que a Juve lhe concedia a iniciativa de construção de jogo numa fase mais recuada do terreno. Contudo, o meio campo da equipa visitante era muito pressionado e não conseguia fazer a ligação com o trio MSN. Recuperações de bola ou recurso à falta, a Juve mantinha o controlo do jogo sem ter muita posse de bola. A posse que tinha (70%) era inútil em termos objetivos, pois raramente fazia a bola chegar ao último terço do campo. Pelo contrário, a Juventus quando tinha a bola sabia exatamente o que fazer com ela. E é neste prisma que chega ao 2° golo. Bis de Dybala, talvez o melhor jogador em campo: desta vez, ataque pela esquerda, em que o extremo improvisado Mario Mandzukic passa atrasado para o 21 da Juve, que à entrada da área dispara um remate forte e bem colocado. O único lance de perigo do Barcelona na primeira parte pertenceu a Iniesta, que obrigou Buffon a esticar-se e impedir o golo.

    Chiellini e Dybala foram os heróis de Turim Fonte: Juventus
    Chiellini e Dybala foram os heróis de Turim
    Fonte: Juventus

    A 2a parte começa logo com alteração no lado visitante: André Gomes rende Mathieu, sendo que Mascherano passava a central e Gomes ocuparia a posição 6, a de médio defensivo, habitualmente de Busquets, que não pôde jogar devido a acumulação de amarelos. Dos 45’ aos 51’ o Barça tentava a todo o custo o golo que reduziria a desvantagem: Messi aos 46’, Iniesta e Suarez ao minuto 48’, e Iniesta novamente aos 51’ obrigaram a defesa italiana a aplicar-se. Aos 53’ Higuaín deixou um sério aviso à baliza do Barça, falhando o alvo por pouco. Dois minutos depois, Chiellini cabeceia para golo depois de um canto na esquerda batido por Pjanic, fazendo com que os adeptos do Barcelona sentissem um deja vú de um acontecimento bem recente, que certamente não desejavam ter de passar por algo semelhante tão depressa.

    Aos 60’, o Barça demonstrava um enorme desalento e frustração por não conseguir penetrar a muralha italiana. Messi de vez em quando recuava e tentava o seu habitual transporte de bola colada ao pé até zonas mais avançadas do terreno, mas hoje sem sucesso. Atente se também no facto de Luís Enrique mandar Piqué para a posição de número 9 em ocasiões de ataque eminente, na esperança de receber bolas cruzadas dos flancos. Aos 67’ oportunidade flagrante para Luís Suarez, desperdiçando a chance de obter o tão precioso golo fora de casa. Logo na jogada seguinte de contra-ataque, a Juventus chegava ao 4° golo, cujo lance já tinha sido interrompido antes da bola transpor a linha de golo, por alegado fora de jogo.

    Allegri refrescava a equipa com as entradas de Lemina e Rincón, para as saídas de Quadrado e Dybala respetivamente. Esperava se uma insistência mais significativa por parte do Barça na busca do golo, mas com a entrada de Barzagli aos 88’ desfez por completo as supostas intenções do campeão espanhol em título. Aos 91’, Dani Alves foi bastante displicente e não conseguiu faturar num lance em que estava em posição muito privilegiada, tanto para assistir como para finalizar. A derradeira chance de golo da partida acontecera aos 94+, com Sergi Roberto a aparecer na zona de grande penalidade e cabecear fraco para a baliza à guarda de “Gigi” Buffon, que ainda sonha com a conquista da prova mais importante a nível de clubes.

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    Diogo Fresco
    Diogo Frescohttp://www.bolanarede.pt
    Fã de um futebol que, julga, não voltará a ver, interessa-se por praticamente tudo o que envolve este desporto, dando larga preferência ao que ocorre dentro das quatro linhas. Vibra bastante com a Seleção Portuguesa de Futebol.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.