A nova vida do Atlético

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    Com um início de época meio tremido, o Atlético de Madrid deixou no ar algumas questões ao fim de dois jogos. Dois empates com equipas teoricamente acessíveis (Leganés e Alavés) deixaram dúvidas sobre se os colchoneros iriam manter a competitividade apresentada nas últimas épocas, onde chegaram mesmo a campeões do país vizinho.

    Mas a verdade é que a resposta a esses deslizes não podia ter sido melhor. Nos oito jogos seguintes, os rojiblancos obtiveram sete vitórias, um empate, 22 golos marcados e 2 sofridos. Esta série torna-se ainda mais relevante se tivermos em conta que dela constam deslocações a casa do Barcelona (único empate), do Valência, do Celta de Vigo ou do PSV e a receção ao Bayern de Munique. Ainda na última jornada, o lanterna vermelha, Granada, foi cilindrado no Vicente Calderón por 7-1.

    Este Atlético promete. Para além de não ter vendido nenhuma peça fulcral da época passada, ainda viu o seu plantel ser reforçado com jogadores importantes, como Gameiro, Gaitán, ou Vrsaljko. Tem um treinador que sabe levar os seus jogadores aos limites. Simeone não lhes pede ‘muito’, só o que ele fazia enquanto jogador – encarar cada lance como se fosse o último das suas vidas. E só desta forma se pode fazer sombra ao poderio financeiro do Barcelona e Real Madrid. Não é por acaso que ainda há bem pouco tempo, Paco Alcácer, avançado do Barcelona, disse que “era mais difícil bater o Atlético do que o Real”.

    O treinador argentino assenta os seus princípios de jogo numa defesa de betão. Tem a noção de que é a partir de trás que se forma uma equipa. Os meros 18 golos sofridos na edição passada do campeonato espanhol e os 3 na corrente época ao fim de 8 jogos provam isso mesmo.

    Oblak apresenta cada vez mais confiança, típico guardião discreto mas seguríssimo. Godín é o esteio da defesa, irrepreensível nas bolas paradas e com um posicionamento cada vez mais apurado aos 30 anos. Ao seu lado aparece um Savic mais maduro e adaptado às ideias do treinador. Juanfran é lateral de seleção espanhola e dono do lado direito defensivo dos colchoneros há 5 anos. Do lado esquerdo está Filipe Luís, que na época passada regressou a casa vindo do Chelsea, mas que dá a sensação de nunca ter saído do Calderón. O reforço Vrsaljko ainda não tem muitos minutos, mas com a sobrecarga de jogos será, certamente, um jogador muito útil em qualquer posição da defesa.

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    João Nuno Aguiar
    João Nuno Aguiarhttp://www.bolanarede.pt
    Deu o pontapé de partida no mundo do futebol aos 5 anos no G. D. Peniche. Com 14 anos chegou ao Boavista F.C. para integrar as camadas jovens e assistir ao primeiro e único título de campeão nacional do clube portuense. Licenciado em radiologia, trocou o futebol profissional pela saúde, mas manteve a paixão pelo desporto rei, que ainda joga por hobby e que o mantém sempre atento ao que se passa aquém e além-fronteiras.                                                                                                                                                 O João escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.