A juntar a todo isto, há outro problema que tem assolado por aqueles lados, e mais uma vez, as responsabilidades recaem sobre Luis Enrique- o da gestão de alguns ativos do plantel. Aleix Vidal, por exemplo, vinha bem cotado de Sevilla, mas o treinador espanhol não está a conseguir espremer a qualidade do lateral direito e o jogador praticamente não conta. Em jogos em que a tal água mole não fura a pedra, o pendor ofensivo de Vidal podia ser importante para quebrar algumas muralhas defensivas, já que Sergi Roberto, apesar de estar a demonstrar ser uma excelente adaptação, é um jogador mais técnico e cerebral, e em alguns jogos pede-se um lateral capaz de desequilibrar e dar largura à lateral, um pouco à imagem do que fazia Dani Alves.
Outro caso mais recente e mais gritante é o de Rakitic. Indiscutível nas duas últimas temporadas, o croata tem vindo a perder espaço – para alguns, e não são poucos, de forma inexplicável – e já nem tem sido convocado nos últimos jogos para o campeonato espanhol. Ora, além de perder um excelente médio que consegue aliar a sua capacidade criativa à capacidade de trabalho defensivo que permite equilíbrio do meio-campo, os escolhidos para desempenharem a sua função não têm correspondido da melhor forma. André Gomes, o jovem português contratado no verão ao Valência, apesar de toda a qualidade que lhe é reconhecida, está ainda muito preso e muito “verdinho” para este tipo de andanças e Denis Suárez, outro dos substitutos também ainda não demonstra a consistência necessária para ser titular nesta equipa.
Não deixa de ser verdade que a equipa ainda está em todas as frentes, mas é ainda mais verdade que em nenhuma a situação é muito favorável.
A situação na La Liga já foi aqui referida e na Taça do Rei está em desvantagem na eliminatória com o Athletic, e embora a desvantagem seja mínima e a segunda mão seja disputada em casa, o conjunto de Bilbao é sempre um oponente difícil de ultrapassar. Na Champions vai defrontar o Paris Saint Germain que apesar de também não estar arealizar uma boa temporada, tem Emery no comando que é um especialista em competições a eliminar e tem um elenco capaz de se bater com qualquer equipa do mundo.
Não se adivinha uma segunda metade da temporada fácil para os lados da Catalunha e se Luis Enrique e companhia não alterarem alguns dos seus métodos, podem acabar a temporada sem nenhuma conquista relevante, algo que tem sido muito raro por aqueles lados nos últimos anos.