SC Braga 2-4 FK Shakthar Donetsk: Coça a cabeça, coça…

    liga europa

    Terminou o caminho europeu do Braga esta época. Depois da derrota frente a um super Shakhtar de Paulo Fonseca, que até rodou algumas unidades neste último encontro, só faltava mesmo aquela pontinha de sorte que tem faltado e levado ao desespero a massa associativa bracarense. Essa pontinha calhou ao Gent, que venceu fora de portas o Konyaspor nos últimos instantes do encontro, podendo agora desfrutar da fase a eliminar. Posto isto, os bracarenses saltam fora do lote dos europeus enquanto que Gent e Shakhtar seguem rumo à conquista da Liga Europa. Agora são as provas internas que contam para poder perceber realmente qual o potencial escondido desta equipa. Pessoalmente, acredito que o Braga é capaz de dar alegrias, mas penso que estas serão muito difíceis de alcançar. Vamos continuar juntos a acreditar. Isso sim é o mais importante. Mesmo com o orgulho ferido, lutaremos.

    Tarde de feriado agradável e repleta de pessoas que preenchiam da melhor forma os corações de quem joga e de quem acredita que é possível chegar longe. Um ambiente que ainda não tinha sido sentido esta época em Braga. Estádio composto e com uma atmosfera bem criada. Perante este cenário, todos merecíamos uma vitória, independentemente do adversário. Não aconteceu. A tarefa era difícil e as exibições europeias do Braga esta época ficaram muito aquém do desejado.

    O empates frente ao Gent e Konyaspor fora de portas foram uma clara demonstração de que o caminho seria muito difícil de seguir. Mas entrando na questão essencial, e o jogo? O jogo foi agradável até ao primeiro golo dos ucranianos. O Braga esteve por cima e a pressionar bastante na frente. Mas não de forma muito eficaz. É certo que não é fácil conquistar a bola nestas zonas do terreno, mas se a pressão for bem feita o esférico chega a raspar no pé. Ricardo Horta e Wilson Eduardo sempre inconformados na busca incessante do esférico, enquanto que André Pinto e Vukcevic estiveram seguros, permitindo à equipa expor-se e espalhar-se no plano ofensivo, dando segurança lá atrás com vários cortes providenciais e bolas bem colocadas lá na frente. As coisas iam-se compondo até o Shakhtar fazer o golo. Canto marcado juntinho à pedreira, para o frio golpe de cabeça de Kryvtsov. Um zero aos vinte e dois minutos sem grande mérito ucraniano.

    Após o golo, os visitantes cresceram, mostrando que em ritmo de peladinha e com as segundas linhas sabem jogar bem. Taison soube concluir o passe de Marlos para ampliar a vantagem. Estava feito o dois a zero no marcador. Algumas incursões do Braga pelo meio campo, com vista a encontrar alguém, foram acontecendo, mas não eram o suficiente face ao adversário que do outro lado se encontrava. Até aqui, ninguém em Braga tinha desistido de dar a volta, apesar do resultado desfavorável que se via e do jogo insuficiente dos bracarenses. Mas foi com toda a crença e vontade que o Braga reduziu antes do tempo de intervalo. Stoijilikovic finaliza, de cabeça, um golo muito festejado pelos minhotos. Ricardo Horta muito bem a abordar o lance e a assistir. Dois para um e chegava ao fim a primeira parte no estádio municipal de Braga. Quinze minutos para pensar no que fazer para dar a volta ao resultado. Coça a cabeça, coça…

    Fonte: SC Braga
    Fonte: SC Braga

    Começou a segunda parte e, com isso, vieram ao de cima as falhas do Braga. Entrada fraca e sem ímpeto que, depois do Shakhtar refrescar as unidades, viria a resultar no terceiro golo para os de fora. Sessenta e dois minutos, novamente Kryvtsov a escrever o seu nome na lista dos marcadores. Eram três os golos dos ucranianos e a tarefa era quase impossível. Foi este o momento chave do jogo. O terceiro golo e as mexidas na equipa por parte de Paulo Fonseca. Os recém entrados souberam gerir  e pautar bem as ocasiões de quando atacar e defender. Chegou ainda um quarto golo da autoria de Taison, que, numa corrida desenfreada, soube fazer mais um por entre as pernas de Marafona. Jogo cada vez mais quente e com ânimos muito exaltados, que só haveriam de resfriar um pouco já bem depois das mudanças na equipa da casa. Também essas foram contestadas e somente no final Vukcevic teve o prémio pela boa exibição. Quatro para dois, terminava o jogo em Braga com a vitória dos ucranianos. Mas a notícia mais grave chegou já depois da hora: o Gent marcava na Turquia ao cair do pano, retirando todas as possibilidades aos minhotos de seguir em frente. Acabou o sonho europeu que, na verdade, pouco durou. É o que dá correr atrás do prejuízo e não da bola. Coça a cabeça, coça…

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