O SC Braga saiu de Istambul com razões para sorrir, ainda que traga na bagagem uma derrota diante dos turcos. O empate do Ludogorets na Alemanha permite à equipa de Abel Ferreira chegar ao sorteio da próxima segunda feira como cabeça de série, fruto do primeiro lugar alcançado no Grupo C da Liga Europa.
O SC Braga entrava em campo com o passaporte para a próxima fase na mão, mas nem por isso deixou de tentar assegurar a manutenção do primeiro lugar do grupo, que lhe permitiria adquirir o estatuto de cabeça de série no sorteio da próxima eliminatória. Prova disso foi a entrada de rompante dos arsenalistas, com Fábio Martins, logo aos 2 minutos, a desperdiçar uma enorme oportunidade para abrir o ativo após cruzamento de Esgaio na direita.
Por seu lado, os turcos, que precisavam de vencer e esperar por uma ajuda do Hoffenheim, acabaram por começar a tomar conta do jogo, aproximando-se cada vez mais da baliza à guarda de Matheus, que nada podia fazer aos 10’ quando viu o cruzamento de Kahveci chegar até ao segundo poste e beneficiar de uma desatenção defensiva de Jefferson que deixara Visca em posição privilegiada. O avançado bósnio não se fez rogado e carimbou o primeiro da partida. A resposta arsenalista merece os mais rasgados elogios, pois em pleno terreno do atual primeiro classificado do campeonato turco, os homens de Abel Ferreira partiram para cima do adversário e estiveram por duas vezes muito perto do empate. Primeiro, o inevitável Fábio Martins a rematar, de longe, à trave da baliza de Gunok. Depois foi a vez de Dyego Sousa assustar o guardião turco, que viu o remate do avançado brasileiro ser desviado por um defesa e passar a centímetros do travessão.
O SC Braga regressava aos balneários com a firme certeza de que era possível bem mais do que uma derrota pela margem mínima, mas com o início da segunda parte veio também a indubitável constatação de que o árbitro escocês nomeado para esta partida não estava habilitado para tal. Aos 55’, após um lance de bola parada muito bem estudado pelos portugueses, o juiz John Beaton (ou melhor, o assistente) cometeu um erro crasso ao não assinalar posição irregular a Raúl Silva que aproveitou para fazer o empate. Justo, diga-se.
O jogo entrava numa toada de maior equilíbrio, com os bracarenses, de quando em vez, a espreitarem a possibilidade de se colocarem em vantagem. A verdade é que isso não aconteceu mas para a história ficava a concretização de uma pequena traição por parte de Mossoró que, aos 75’, simulou uma grande penalidade, iludindo o árbitro escocês. Mais um erro grave do britânico que não provocou males maiores porque da Alemanha chegaram boas notícias com o empate dos búlgaros.