Manchester United FC 2-1 RSC Anderlecht: Mourinho agarra-se à boia

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    O Manchester United partia para este jogo com a condição de favorito reforçada, depois do empate a uma bola em Bruxelas. Dessa forma, os belgas sabiam que se quisessem passar às meias-finais da Liga Europa teriam de marcar no ‘teatro dos sonhos’. Mas a tarefa não se avizinhava fácil, pois é sabido que a equipa de José Mourinho olha para esta competição como a boia de salvação da época.

    Depois de um início equilibrado e com a turma belga a tentar colocar em sentido os da casa, os red devils chegam ao primeiro golo num contra-ataque muito bem desenhado, a culminar com uma autêntica bomba de Mkhitaryan, já dentro da área, não dando qualquer chance ao guarda-redes belga. Aos 22’ há um revés para o treinador português, com a lesão de Marcos Rojo, que o obrigou a mexer na defesa quando não tinha centrais de raiz no banco.

    A equipa de Manchester abanou um pouco com a alteração e o Anderlecht ganhou outra moral. Depois de uma oportunidade criada por Acheampong, com resposta à altura do guardião Romero, os visitantes chegaram mesmo ao golo por intermédio de Hanni numa jogada de insistência. A eliminatória estava agora empatada e com tudo em aberto, com o Manchester United a parecer meio perdido no jogo, não conseguindo ligar as jogadas de ataque e a viver de rasgos de Rashford e Ibrahimovic.

    Para a segunda metade o Anderlecht baixou um pouco as suas linhas, mas com uma boa organização espreitava o contra-ataque sempre que podia, deixando os comandados de Mourinho em sentido. Duas equipas com medo de arriscar muito, pois um golo sofrido poderia deitar tudo a perder, principalmente para os da casa. À passagem do minuto 70, duas claras oportunidades desperdiçadas por Rashford e Ibrahimovic, após erros da defesa visitante.

    Por esta altura era Pogba que carregava o Manchester às costas. O francês enchia o meio-campo, defensiva e ofensivamente, com constantes recuperações de bola e ainda com fulgor para aparecer na área contrária, a dar apoio aos seus avançados. Mas parecia ser o único em campo que não estava à espera do apito final. Numa segunda parte em que os ingleses até podiam ter decidido a eliminatória, chegava-se ao prolongamento e havia pelo menos mais meia hora de decisões.

    Sofiane Hanni no momento do golo que igualou o jogo e a eliminatória Fonte: GettyImages
    Sofiane Hanni no momento do golo que igualou o jogo e a eliminatória
    Fonte: GettyImages

    Para o tempo-extra mais uma contrariedade para Mourinho, que se viu privado de Ibrahimovic por lesão. Os ingleses mantinham alguma superioridade, mas não a conseguiam transformar em golo. Quando os nervos pareciam querer apoderar-se da equipa, aparece o menino Rashford a fazer o 2-1, ele que vinha subindo de produtividade no jogo e era dos que mais mostravam perigo. Relevo para a assistência de Fellaini, entretanto lançado no jogo por Mourinho, através de uma situação em que é fortíssimo o jogo aéreo.

    Uma certeza a partir de agora: não haveria desempate por grande penalidade. Até ao final do jogo, os belgas a tentarem a reviravolta através de bolas longas para a área, mas o Manchester United a aguentar e a conseguir o apuramento para as meias-finais da Liga Europa.

    Num jogo que a qualquer altura poderia pender para qualquer um dos lados, o resultado ajusta-se, pois foram os diabos vermelhos a ter mais oportunidades de golo e a querer mais passar à fase seguinte. Mantém-se, assim, vivo o desejo de Mourinho de vencer a competição europeia em que estava inserido esta época, amenizando de alguma forma as desilusões que tem sofrido na Premier League.

    Foto de Capa: GettyImages

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    João Nuno Aguiar
    João Nuno Aguiarhttp://www.bolanarede.pt
    Deu o pontapé de partida no mundo do futebol aos 5 anos no G. D. Peniche. Com 14 anos chegou ao Boavista F.C. para integrar as camadas jovens e assistir ao primeiro e único título de campeão nacional do clube portuense. Licenciado em radiologia, trocou o futebol profissional pela saúde, mas manteve a paixão pelo desporto rei, que ainda joga por hobby e que o mantém sempre atento ao que se passa aquém e além-fronteiras.                                                                                                                                                 O João escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.