Arsenal FC 2-2 Chelsea FC: um empate apaixonante

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    Conte lançou Moses na direita, constituindo uma linha de cinco médios, Wenger não tinha Konscielny e lançou também uma defesa de três elementos, em que o mais experiente é Mustafi.

    Uma primeira parte relativamente equilibrada, em termos de superioridade. O Arsenal teve mais posse, mas menos chances. Contudo, as oportunidades de golo mais flagrantes acabo por atribuí-las aos da casa (Alexis e Lacazette), embora Morata também tenha desperdiçado uma flagrante no cara a cara com Cech.

    O Chelsea jogava na expetativa, deixava a iniciativa de jogo para o Arsenal. Nesse processo de construção, o Arsenal apresentava algumas dificuldades, nomeadamente na saída de bola: Chambers cometeu alguns erros, um deles que poderia ter custado a desvantagem no marcador para a sua equipa. Na profundidade, o Chelsea tem homens como Hazard, e principalmente Morata longe dos companheiros, os últimos que em bloco tendem em jogar nos avançados e aproximar-se dos mesmos. Fabregás e Bakayoko são os médios que mais chegam a zona de tiro, mas não conseguiram ter êxito.

    O Arsenal dispôs de jogadas melhor desenhadas, mais belas, mas um enorme Courtois foi sempre perentório no desfecho das mesmas. Por outro lado, Wilshere esteve muito interventivo, autoritário e assumia o início do processo ofensivo dos norte londrinos.

    Um jogo onde predomina a euforia, um dos melhores jogos desta edição da Liga Inglesa Fonte: Chelsea FC
    Um jogo onde predomina a euforia, um dos melhores jogos desta edição da Liga Inglesa
    Fonte: Chelsea FC

    Na segunda parte, o Chelsea entrou melhor novamente: numa jogada de insistência, Hazard remata cruzado para parada com o pé de Petr Chech, a bola sobra para Bakayoko que eleva a bola novamente para a área, em que aparece em zona privilegiada Marcos Alonso, que cabeceia bem e colocado, mas Chech desvia para canto… Soberbo o guardião de 35 anos!

    Logo após, Lacazette fica perto do golo, que grande jogo se ia assistindo, recheado de emoção e intensidade! Bola cá, bola lá, grandes oportunidades, grandes defesas, aos 60’ não se percebia muito bem como o resultado ainda se mantinha num nulo…

    Falando nisso, Wilshere desbloqueia esse impasse com um golaço! Fuzilou Courtois, que não tinha como parar aquele disparo! Conte tinha mexido na equipa, com uma “troca por troca” (Moses sai para a entrada de Zappacosta), de forma a refrescar a ala direita dos blues, mas o Arsenal é que quebrava o enguiço e logo após o golo prosseguiu a chegar rápido e sem oposição à área contrária!

    Jogo partido desde o início, foi com naturalidade que o Chelsea chegou logo a seguir à área dos gunners e viu o seu número 10, Eden Hazard, ser parado por Belerín. O belga converteu o penalty com calma e restabeleceu o empate! Como já era hábito neste jogo, uma defesa muito à toa a defender, pouco organizada e sincronizada não conseguiu preservar a vantagem.

    Alvaro Morata não estava mesmo nos seus dias… Na profundidade, o espanhol ganha a frente a Chambers e no um contra um com Cech atira por cima… Conte desesperava, com as suas habituais manifestações de frustração perante a não concretização de uma oportunidade flagrante.

    O técnico italiano apostou na entrada de Drinkwater, talvez para tornar a equipa mais forte fisicamente, além de refrescar claramente o meio campo e pressionar melhor a saída adversária. Fabregas deu-lhe o lugar. O Arsenal, por sua vez, continuava a explorar a ala esquerda através de Alexis (principalmente das suas diagonais) e Maitland-Niles no apoio do chileno, sempre dando linha de passe fácil.

    Hazard ia dando espetáculo no controlo do esférico, mas não era essa a verdadeira dor de cabeça que causou nos defesas adversários: o possível reforço do Real Madrid assumiu-se como o mais inconformado e procurava sempre a bola e o entendimento com os seus companheiros do ataque, na procura de zonas de tiro. Conte, porém, opta por retirá-lo de campo aos 82’ (visivelmente em esforço) para a entrada de Willian, passando a colocar a equipa a jogar mais pelo corredor, e não pelo meio, contando com os que fazem a ala inteira e ainda sobem à área, que são Marcos Alonso e Zappacosta.

    O Chelsea dá a volta ao marcador! Zappacosta troca as voltas ao adversário, e assiste Marcos Alonso, que só trata de encostar já dentro da pequena área dos da casa. Até então, Wenger só tinha trocado de ponta de lança (Welbeck por Lacazette aos 80’). O jogo caminhava para o final, mas não se diria tal. Continuava ainda mais intenso, o Arsenal veemente em busca do ponto, o Chelsea manteve uma imagem expectante, cínica e que buscava o contra ataque rápido, agora de maneira a sentenciar a partida.

    Com muitos homens na área adversária, despejando bolas e procurando que alguém as desvie lá para dentro, foi numa sobra que Bellerín aproveitou essa bola perdida e, aos 92’, devolvia o nulo ao marcador! O jogo terminou em empate graças a Petr Cech. Ainda antes do apito final, o Chelsea chegou mesmo a levantar os adeptos de tanta ansiedade! Morata isolado atira frouxo e à figura do checo, e na recarga Zappacosta remata à trave!!!

    Foi um jogão!!! Este jogo espelhou bem o que é a Premier League no seu esplendor. Intensidade do primeiro ao último minuto da parte de duas grandes equipas. O resultado aceita-se pelo facto de ambas terem tido muitas oportunidades de golo, mas também devido aos guarda redes! Ambos estiveram fenomenais e nenhum deles merecia sair derrotado… Estava difícil batê-los, afinal aos 60’ ainda estava 0-0, num jogo recheado de ataques e remates de parte a parte! O Arsenal teve um grande Petr Cech, que ao ter uma frágil linha defensiva na sua proteção, esteve muito ativo e foi obrigado a assinar uma tremenda exibição! O Chelsea também contou com uma assinalável exibição do seu guarda redes, e poderia ter obtido a vitória caso o seu ponta de lança estivesse ao seu nível.

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    Diogo Fresco
    Diogo Frescohttp://www.bolanarede.pt
    Fã de um futebol que, julga, não voltará a ver, interessa-se por praticamente tudo o que envolve este desporto, dando larga preferência ao que ocorre dentro das quatro linhas. Vibra bastante com a Seleção Portuguesa de Futebol.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.