Inter FC 2-2 AC Milan: Golpe de teatro coloca justiça no marcador

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    No dérbi de Milão menos italiano da história – os dois clubes são agora dirigidos por chineses –, a equipa que foi mais italiana – o Inter – teve a vitória na mão; mas, no último suspiro, o AC Milan repôs a justiça no marcador.

    Com João Mário de regresso ao 11 inicial escalado por Stefano Pioli, o jogo começou frenético, a fazer lembrar outros tempos. Deulofeu agitou – e de que maneira – as águas no Giuseppe Meazza (ou San Siro), tornando o início de jogo numa tempestade à qual os adeptos responderam de maneira igualmente entusiástica.

    Os dados para uma grande partida estavam lançados e assim foi. Bacca, aos 2’, depois de uma grande iniciativa de Deulofeu teve nos pés o tento inaugural mas à boca da baliza atirou por cima.

    O Inter esboçou uma ligeira resposta, mas nos minutos seguintes seria novamente o Milan a estar perto do golo. Suso, num remate fortíssimo fora de área obrigou Handanovic a uma grande intervenção, e Deulofeu – sempre ele – atirou, pouco depois, ao poste.

    Só que os nerazzurri foram mais cínicos e, na primeira real oportunidade, não desperdiçaram. Bola longa de Gagliardini, Candreva surgiu nas costas de De Sciglio e em esforço, a rematar para a baliza, batendo Donnarumma.

    Volvidos oito minutos, nova demonstração do cinismo do Inter e novo golo. Combinação entre Perisic e Icardi, o croata a cruzar para o argentino, que só teve que encostar para a baliza. Resultado muito penalizador para os rossoneri.

    Icardi prepara-se para fazer o 2-0 Fonte: GettyImages
    Icardi prepara-se para fazer o 2-0
    Fonte: GettyImages

    No 2.º tempo o Inter baixou linhas, entregou definitivamente o domínio territorial aos comandados de Montella, e o Milan foi em busca do prejuízo, embora sem grandes oportunidades para reduzir a desvantagem.

    A equipa de João Mário fechou bem a loja e começou a aproveitar o espaço nas costas da defesa, fazendo muito jogo direto para Icardi. E aos 56’ quase resultava. Medel lançou o argentino no ataque, que descaído para o lado esquerdo viu a entrada no meio de Perisic e retribuiu a assistência do seu golo, mas desta feita o croata a rematar à figura de Donnarumma.

    Só aos 66’ o Milan conseguiu incomodar Handanovic pela primeira vez no 2.º tempo, e pelos pés do inevitável Deulofeu. Ganhou espaço à entrada da área e rematou colocadíssimo, com o guardião esloveno a responder com uma grande estirada. E era um sinal do que aí vinha.

    Os rossoneri começaram a carregar cada vez mais, e aos 82’ conseguiram mesmo reduzir. Suso ganhou a linha, cruzou para a área e Romagnoli, num remate pouco ortodoxo, a reduzir e a devolver as esperanças aos milaneses.

    Quando já passava dois minutos do tempo de descontos (5 minutos), Deulofeu – who else? – ganhou um canto que Suso prontamente bateu, e Zapata, no meio da confusão, a introduzir a bola na baliza e a levar à loucura os homens de Montella, num verdadeiro golpe de teatro.

    Foto de capa: The Guardian

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    Rafael Simões
    Rafael Simõeshttp://www.bolanarede.pt
    Adepto de bom futebol, adora o jogo desde que se lembra de ser gente. Estudante de Comunicação Social, é capaz de passar horas a fio a devorar futebol, considerando-se um romântico do desporto rei. Recusa-se a discutir arbitragens e simpatiza com o Liverpool, muito por culpa da lenda do clube, Steven Gerrard. Espera um dia ser jornalista desportivo e olha para o futebol como uma arte que embeleza a vida.                                                                                                                                                 O Rafael escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.