A (in)tranquilidade de Paulo Bento

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    Quando se juntam as palavras “Grécia” e “Futebol”, para além do ínfame Euro 2004, vem à cabeça do mundo o nome Olympiacos. A tal equipa que se agiganta perante uns adeptos capazes de proporcionar ambiente de tal forma infernal que já fez vergar equipas de topo como o Liverpool na época em que se sagrou campeão europeu (2004/05), o Arsenal (por três vezes), o Real Madrid, o Manchester United ou a dupla Juventus/Atlético Madrid na temporada (2014/15) em que os colchoneros passaram o título de vice-campeões europeus aos italianos.

    O mundo, porém, não reconhece o Olympiacos apenas por aquilo que fez na Europa. O que tem feito no seu país ao longo dos últimos anos também é digno de admiração – para além de ter 27 taças da Grécia, tem o título de hexacampeão helénico, e está à beira de repetir o segundo hepta da sua história que lhe irá conferir o 44º (!) título da sua história.

    Posto isto, o facto de estar na liderança do campeonato (venceu 18 dos últimos 20) e de estar “vivo” na Taça em Março (há 5 anos que se verifica) é algo banal para a realidade de dirigentes e  adeptos do clube do Pireu que, dada a cultura de vitória, têm padrões de exigência naturalmente elevados. O próprio contexto competitivo quase que obriga o Olympiacos a ser campeão.

     

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    (resumo do jogo contra o rival AEK, fatal para o destino de Paulo Bento no Olympiacos)

     
    Ou seja, o cenário de um 1º lugar na Liga com 6 pontos à maior sobre o 2º e o facto de a equipa estar vivinha da silva nas meias da Taça e nos oitavos da Liga Europa é algo normal. Menos que isto seria inconcebível. Um pouco mais que isto seria imperdoável. E é aqui que entra a rescisão de contrato com Paulo Bento – à luz de três derrotas consecutivas para a Liga (recorde negativo com 21 anos!), passou a ser inevitável a sua saída do cargo de treinador do Olympiacos.

    Pode ser redutor julgar um treinador pelos resultados que obtém na sua primeira época, mas Paulo Bento não estava num clube que lhe dê grande margem para tal. Porém, mesmo que se quissesse defender o treinador português, tornar-se-ia difícil encontrar argumentos para além da aposta na formação, que é algo de enorme valor num clube que procura afirmar-se na Europa.

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