Sub-21 – Portugal 1-3 Espanha: Passagem às meias-finais adiada para a última jornada

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    Segundo jogo da Seleção Nacional na Polónia a contar para o Campeonato da Europa de sub-21. Após vencer na primeira jornada a seleção sérvia por duas bolas a zero, a nossa seleção teve pela frente a poderosa equipa da Espanha, que no primeiro jogo do campeonato goleou a Macedónia por 5-0, com o principal destaque a ser dado aos três golos marcados por Asensio. Uma vitória neste jogo permitia a uma das equipas apurar-se já para as semifinais, num encontro entre duas das melhores equipas da competição, com craques de renome como os nossos já conhecidos João Cancelo, Renato Sanches e Gonçalo Guedes, e os espanhóis Bellerín, Deulofeu, Saúl Ñíguez e o próprio Asensio, entre outros.

    Em Gdynia, os primeiros minutos da partida mostraram uma entrada mais forte por parte de Portugal, que foi a primeira equipa a criar perigo através de um remate de Bruno Fernandes, sem deixar a bola tocar no chão, mas por cima da baliza de Arrizabalaga. Portugal ia gerindo o jogo com alguma tranquilidade e esteve muito perto da vantagem aos 11 minutos, quando Podence rematou ao poste e fez estremecer os espanhóis. Primeiros quinze minutos com um claro sinal mais para a seleção portuguesa.

    A partir daí, surgiu no jogo um equilíbrio que não se verificou no primeiro quarto de hora, como consequência de um baixar de rendimento da formação portuguesa, que concedeu mais espaços centrais aos seus opositores, permitindo a Saúl Ñíguez marcar o primeiro golo do encontro, com um remate à entrada da área que ainda sofreu um desvio em Edgar Ié mas só parou no fundo da baliza de Bruno Varela. Contrariamente ao que se previa nos primeiros momentos do jogo, foi a Espanha a colocar-se em vantagem e a colocar-se, à condição, nas semifinais do campeonato.

    O equilíbrio manteve-se no que restou da primeira parte, com os espanhóis a criar a melhor oportunidade para golo, por intermédio de Bellerín, que rematou dentro de área contra Bruno Varela, isolado perante este, numa desatenção da defensiva lusa. Apesar do equilíbrio que se verificava, eram os nuestros hermanos a colocar-se ligeiramente por cima e a criar mais lances de perigo, essencialmente pelas alas e recorrendo à velocidade dos seus jogadores a atuar nessas zonas, assim como Portugal, que, ainda que com menos frequência, ia criando mais perigo através de João Cancelo e dos seus avançados mais abertos.

    Saul Ñiguez abriu o marcador com uma jogada individual Fonte: UEFA
    Saul Ñiguez abriu o marcador com uma jogada individual
    Fonte: UEFA

    Portugal chegou assim ao intervalo em desvantagem, mas deu bons sinais durante a primeira parte. Esperava-se para a segunda parte, portanto, um Portugal mais aguerrido na busca pelo golo e com mais criatividade na criação de oportunidades, de maneira a aumentar as possibilidades de garantir a presença nas meias finais do Campeonato da Europa de Sub-21 ainda hoje.

    Tal como acontecera na primeira parte e como se pedia, Portugal entrou melhor no jogo após o intervalo e criou uma grande oportunidade aos 47 minutos. Bruno Fernandes recebe a bola de Podence, após recuperação de bola deste, e remata forte para defesa complicada do guardião espanhol. Portugal tinha de continuar assim… E continuou. Apenas três minutos depois, Podence recupera novamente a bola recorrendo à sua grande velocidade, chega perto da baliza e remata a centímetros do poste. Tinha jogadores na área a quem passar, mas fica na retina a excelente iniciativa do jogador do Sporting, que acreditou e roubou a bola ao defesa espanhol. O jogo estava por esta altura frenético e a Espanha também criou muito perigo. Após remate fortíssimo de Asensio dentro da área, Varela não consegue defender e é Edgar Ié a cortar a bola praticamente em cima da linha de golo. Três grandes oportunidades de golo em apenas sete minutos!

    No entanto, depois destas oportunidades, não se viu muito mais até ao segundo golo espanhol, que surgiu aos 64 minutos, marcado por Sandro Ramírez, numa boa jogada desenvolvida pela direita do ataque rojo. O jogo estava agora complicado para a nossa seleção, que via desvanecer-se a possibilidade de ainda vencer o jogo e qualificar-se já para a próxima fase da competição, numa altura em que era a Espanha a dominar o jogo e a jogar a seu bel-prazer.

    Apesar do domínio espanhol, 13 minutos depois do golo do 2-0 veio o momento do jogo. Bruma remata de pé esquerdo, de fora da área, sem deixar a bola tocar no chão, para fazer aquele que quase de certeza será o golo do torneio. Aconselha-se a quem não o viu que o veja, reveja e volte a rever. Não se vão arrepender. Fenomenal! Não há mais palavras para descrever este golo.

    Praticamente no final do jogo, Iñaki Williams selou o resultado final em 3-1, num lance de contra-ataque que apanhou desprevenida a defesa portuguesa.

    Até ao final, o resultado não mais sofreu alterações e confirmou-se assim a passagem da Espanha às semifinais do Campeonato da Europa de sub-21. Quanto a Portugal, que voltou a perder passados mais de cinco anos, resta-lhe fazer o seu trabalho e derrotar a Macedónia na próxima jornada. A próxima fase ainda está perfeitamente ao nosso alcance, mas será preciso muito mais do que o que fizemos neste jogo para lá chegar e para passá-la, recordando que o título é o nosso grande objetivo! O povo português confia nesta equipa!

    Foto de Capa: Seleções de Portugal

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    Nuno Couto
    Nuno Coutohttp://www.bolanarede.pt
    Nascido no seio de uma família portista, o Nuno não podia deixar de seguir o legado e faz questão de ser um membro ativo na ação de apoiar o seu clube, sendo presença habitual no Estádio do Dragão, inserido na claque Super Dragões. Para ele, o futebol é quase uma terapia, visto que quando está a assistir a algum jogo se esquece de todos as preocupações. Foi futebolista federado, mas acabou por entender que o seu papel era fora das quatro linhas, e também para seguir os estudos em Novas Tecnologias da Comunicação.                                                                                                                                                 O Nuno escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.