A seleção masculina de Andebol continua longe dos grandes palcos europeus e mundiais, mas a nível de clubes as coisas parecem ir de vento em popa no Andebol nacional.
A nível Europeu temos um ABC na Liga dos Campeões a fazer uma boa figura. Neste momento os bracarenses seguem em terceiro (grupo de seis equipas) com um total de duas vitórias e outras tantas derrotas, derrotas estas por dois golos de diferença apenas, uma num campo muito difícil como o do Nantes. Os campeões nacionais e vencedores da Taça Challenge do ano passado precisam de ficar nos dois primeiros para passar à próxima fase da competição; o facto de já terem ido aos pavilhões dos dois primeiros pode ser uma vantagem para a segunda volta.
O ABC, que até já foi a uma final da Liga dos Campeões em 1993/1994, é o segundo clube português a participar na principal competição nos últimos quatro anos. Em 2013/2014 e em 2015/2016 o Porto tinha devolvido Portugal à Liga dos Campeões, quebrando um jejum que vinha desde 2001/2002, quando o Sporting participou na fase de grupos. Estes números mostram claramente que a nível de clubes estamos mais fortes.
Na segunda competição mais importante de clubes, a Taça EHF, Portugal conta com dois clubes, o Benfica e o Porto. Os dois estão na terceira ronda. O Benfica vai medir forças com os polacos Azoty Pulawy e o Porto com o Bregenz. Ambas as equipas estão ao alcance das equipas portuguesas, mas na minha opinião o Porto tem mais hipóteses de chegar à fase de grupos da competição. A melhor participação portuguesa nesta competição pertence ao Sporting, em 2013/2014, quando a equipa de Andebol leonina chegou aos quartos de final da competição. No ano seguinte o Porto chegou à fase de grupos; estas são as duas únicas participações portuguesas na fase de grupos da Taça EHF e mais uma vez recentes, provando a tal evolução.