ABC 23-26 FC Porto: No festival de faltas os dragões falharam menos

    Cabeçalho modalidadesCom um campeonato equilibradíssimo com os quatro primeiros separados por apenas dois pontos, a deslocação do FC Porto a Braga tinha grande importância para as duas equipas que queriam começar a segunda volta da melhor forma.

    O ABC entrou melhor e com boas defesas do seu guardião, chegou ao 2-0, mesmo com Hugo Rocha a falhar um livre de 7 metros. Pouco depois, numa confusão com um defesa ao tentar aliviar uma bola, Hugo Laurentino foi ao chão e precisou de ser assistido, o que permitiu a Sérgio Morgado regressar aos grandes palcos. Depois de ter terminado carreira e ter voltado para ajudar o Boavista na Segunda Divisão, teve agora o seu regresso aos Dragões para colmatar a lesão de Quintana.

    Entretanto, começaram as muitas faltas e os muitos castigos de 2 minutos fora do retângulo de jogo e o FCP começou a amealhar uma vantagem, chegando ao 6-11, altura em que o ABC pediu o desconto de tempo. As indicações de Jorge Rito surtiram algum efeito e o ABC conseguiu manter a partida mais equilibrada até aos 30 minutos, fechando a primeira parte com 11-15.

    Com o fim do primeiro tempo, além do grande número de faltas, uma outra tendência que se notava no jogo era o ABC a perder mais tempo nos seus ataques a tentar contornar uma verdadeira muralha portista, enquanto os dragões estavam mais rápidos e incisivos e, acima de tudo, mais eficazes.

    O período de intervalo deu também para, além do aquecimento de alguns suplentes, Sérgio Morgado defender um par de remates de uns muito jovens futuros andebolistas do ABC que também aproveitaram a pausa para dar uns toques na bola.

    10 anos depois, Sérgio Morgado voltou ao patamar mais alto do andebol português Fonte: FC Porto
    10 anos depois, Sérgio Morgado voltou ao patamar mais alto do andebol português
    Fonte: FC Porto

    O segundo tempo viu o ABC entrar a decidir melhor e equilibrou o desafio, mas Miguel Martins concretizou dois livres de sete metros para manter o Porto com uma vantagem confortável, enquanto Hugo Rocha fazia o mesmo do outro lado do campo. Ao terceiro, finalmente o guardião academista conseguiu parar Martins e os adeptos da casa responderam com uma grande explosão de volume no apoio à sua equipa e foi Hugo Rocha quem aproveitou para concretizar o seu terceiro livre na sequência e o quarto veio pouco depois para reduzir para 18-20 e as bancadas faziam-se ouvir.

    Foi a vez de Porto necessitar de recorrer à paragem de tempo para reorganizar as ideias, mas recomeçou mal, já que estava com um jogador suspenso por 2 minutos, mas reentrou com o 7 completo. O ABC fechava melhor e ficava por cima e acabou mesmo por ser Humberto Gomes a atirar de longe para a baliza portista deserta – Laurentino havia saído para compensar a inferioridade numérica temporária – e empatar o jogo nos 20 tentos para cada lado. Em seguida, Areia permitiu a defesa de Cláudio Silva num livre de 7 metros e, tanto tempo depois, o Académico lá voltou à frente do marcador.

    Só que Hugo Rocha, tão importante na recuperação dos amarelos, foi expulso por acumulação e o jogo entrou numa fase de parada e resposta com a liderança por um tento solitário a ir mudando de mãos. Após um período de muitos falhanços ofensivos de parte a parte, o FCP entrou nos últimos dois minutos a vencer 23-24.

    E a partida decidiu-se assim, golo corrido do Porto, grande defesa de Laurentino e livre de 7 metros por Martins para fazer o 23-26. O ABC ainda pediu tempo a 0:41 do final, mas não serviu de nada, falhou o seu ataque seguinte e os dragões limitaram-se a levar a bola para a frente para contar os segundos até ao fim da partida.

    Num jogo muito faltoso e com muitas falhas ofensivas de parte a parte, os visitantes foram melhores nos momentos críticos e levam uma importante vitória para a classificação do campeonato, enquanto o ABC perde algum terreno para o comboio da frente.

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