Esta semana trazermos as promessas internacionais no masculino. Mais uma vez, os critérios escolhidos foram dois:
– Atletas Sub 23
– Sem um Ouro em eventos globais (Mundiais/Jogos Olímpicos)
E claro, não menos importante, apresentarem já um palmarés de corar muitos profissionais seniores!
Sani Brown (JAP) – 18 anos
Especialidade: 100/200 Metros
O Japão não é normalmente conhecido pela velocidade, mas nos últimos anos tem já provado que esta é uma das suas grandes apostas. A medalha de Prata na estafeta 4×100 no Rio só surpreendeu quem anda pouco atento ao fenómeno e a medalha de Bronze nos Mundiais de Londres só veio cimentar a posição japonesa na velocidade. Sani Brown ainda não fez parte dessas equipas que alcançaram as medalhas, o que só deixa antever um futuro ainda mais risonho para os nipónicos. Aos 18 anos, o japonês, filho de pai ganês, já percorreu a distância em 10.05, o que o torna o sexto mais rápido da história do Japão e acreditamos que nos próximos 2 anos baixará o recorde nacional (mas Kiryu também o poderá melhorar…). Campeão jovem mundial em Cali em 2015 nos 100 metros e nos 200 metros, estreou-se em grandes competições aos 16 anos, nos Mundiais de Pequim, já conta com dois títulos nacionais (!) e tem tudo para se ouvir falar muito dele no futuro.
Christian Coleman (USA) – 21 anos
Especialidade: 100/200 Metros
Fez uma época verdadeiramente demolidora e poderia muito bem ser a nossa escolha certa e a garantia de que ganhará um título global. Quem pouco segue o (competitissimo) atletismo nacional norte-americano poderá ter ficado surpreendido com a medalha de Prata nos 100 metros de Londres, atrás de Justin Gatlin e à frente de…Usain Bolt. Mas Coleman, especialista também no Indoor, começou a brilhar bem antes. Com alguns impressionantes recordes e feitos a nível do College, poderia ser mais uma das promessas americanas com “dores de crescimento”, mas tal não parece ser o caso. Quando em Junho passado percorreu a distância em 9.82s – o tempo mais rápido em 2017 na distância a nível mundial – demonstrou bem ao que vinha, tornando-se no 4º norte-americano mais rápido da história (apenas Gatlin, Gay e Maurice Greene correram mais rápido os 100 metros). Foi o atleta de elite que mais provas correu em 2017 (antes dos Mundiais já tinha corrido 48) e por isso optou por correr apenas os 100 metros em Londres. Já sem o peso do college por trás, em Doha e em Tóquio ambcionará ao lugar mais alto do pódio em ambas as distâncias. Antes disso, a expectativa é que use 2018 para se estrear no circuito de meetings internacionais – nunca tinha estado na Europa antes dos Mundiais de Londres – afirmando já a sua posição no circuito mundial.