Com a entrada no novo ano cresce o entusiasmo e a ansiedade sobre o draft que chega apenas no mês de junho. Com a evolução da tabela classificativa e com o cair definitivo de algumas equipas para a zona da lotaria, começa a desenhar-se o que poderão ser as escolhas sobre os novos talentos que chegam à liga. Mas a questão principal é só uma: quem é mesmo o melhor jogador da classe de 2018? Quem é realmente o número um?
É preciso dizer que, dada a qualidade disponível no lote deste ano, o número um vai depender muito da equipa que obter essa escolha e das suas necessidades, muito mais do que em épocas anteriores. É de referir igualmente que a opinião divide-se entre o que se pensa na Europa e o que se pensa nos Estados Unidos da América. Com isto quero dizer que para os europeus não existem dúvidas que Luka Doncic, o fenómeno esloveno que joga atualmente no Real Madrid, seria a primeira escolha independentemente da equipa a escolher na posição número um.
Por outro lado, nos EUA, a questão cai mais para o lado do poste da Universidade do Arizona Deandre Ayton ou para o versátil big-man da Universidade de Duke Marvin Bagdley III. Ayton é um jogador à imagem de Karl-Anthony Towns, um center capaz de colocar a bola no cesto com facilidade, com tiro exterior e com capacidade de obter ressaltos facilmente. No caso de Bagdley, como disse, o jogador é mais versátil e pode jogar quer na posição quatro como na cinco. Tem um excelente post-play, grande capacidade no ressalto ofensivo e é forte nas transições ofensivas.
Em termos de equipas da NBA nas quais Bagdley encaixaria na perfeição, os Sacramento Kings não podem deixar passar a oportunidade de obter o jogador casa esta venha a surgir, embora um small-forward à imagem de Michael Porter Jr. encaixasse igualmente bem. Apesar disso, este último não joga mais esta temporada, portanto nem sequer é um caso para número um. O fenómeno esloveno Doncic estará mais talhado quer para a posição de base, quer como um shooting-guard, apresentando já uma mentalidade ganhadora para a idade e tendo vencido, no último verão, o EuroBasket. Algumas equipas podem ainda olhar para Doncic como um três. Mas as dúvidas sobre quem pode mesmo sair em número um são ainda maiores devido ao caso de Trae Young e do medo de deixar escapar o Steph Curry número dois.
Os scouts do draft de 2009 deixaram que Curry caísse para a sétima posição, argumentando que o mesmo nunca passaria de um bom atirador. Ora, o ano é 2018, Tare Young faz números e exibições muito semelhantes ao base dos Golden State Warriors e todos tem medo de o deixar fugir, podendo isto levar a que o point-guard da Universidade de Oklahoma seja um forte candidato a sair como número um, dependendo sempre se a equipa com essa escolha precisa de um jogador para esta posição. Young apresenta média de 30 pontos por jogo e quase 10 assistências. Um caso sério que surgiu repentinamente.
Muito semelhante ao último draft, a classe de 2018 apresenta grande qualidade, podendo ainda ser referido o nome de Mohamed Bamba ou de Jaren Jackson Jr. A questão final é a mesma do ponto de partida: quem é o melhor e quem é o número um? A minha aposta vai para Deandre Ayton.
Foto de Capa: Bleacher Report
Artigo revisto por: Vanda Madeira Pinto