Esta época o prazo para as equipas efetuarem trocas surge mais cedo, procurando afastar este do fim de semana do all-star. Assim, depois das 15 horas correspondentes à costa leste americana de quinta-feira, 8 de fevereiro, as manobras em busca de melhores resultados no presente ou de algo melhor para o futuro encontram o seu fim.
Mas, de forma sincera, o que espera desta data limite este ano? Já fomos abalados com a troca de Blake Griffin para os Detroit Pistons e a prova que a lealdade no desporto não passa de meras palavras. Por outro, o ruído em volta de possíveis trades tem sido particularmente intenso esta temporada. Ainda assim, existem alguns pontos de partida para o que pode acontecer até ao fecho do mercado de basquetebol americano. Em primeiro lugar, os Cleveland Cavaliers. Será que a equipa de LeBron James faz alguma manobra relevante? Até que ponto mantém a pick dos Nets procurando salvaguardar um possível futuro sem James após o verão ou, tentados a obter resultados imediatos usam esta como moeda de troca? E J.R. Smith, Isaiah Thomas e Kevin Love? Até que ponto estão seguros no roster de Cleveland? Os Cavaliers são provavelmente a equipa onde surgem mais dúvidas sobre o que se irá passar até quinta-feira.
E em Los Angeles, o que fazem os Clippers? Já trocaram Blake Griffin, avançam para uma reconstrução total do seu plantel? Se assim for, nomes como DeAndre Jordan e Lou Williams, igualmente como o recém-chegado Avery Braddley são elementos importantes e com bastante mercado. Equipas como os Trail-Blazers, os Wizards e os Bucks já olharam várias vezes quer para Jordan como para Williams, e os próprios Cavs podem avançar para uma blockbuster trade. No caso de Braddley, os Thunder procuram um substituto para o lesionado Andre Robertson, sendo o excelente defensor dos Clippers uma opção bastante viável.
Na divisão do Atlântico, surgem igualmente questões à medida que o prazo para trocas se aproxima do fim. O que vão fazer os Boston Celtics? A equipa lidera a conferência mesmo sem Gordon Hayward, que apenas cumpriu alguns minutos nesta temporada antes da grave lesão. Ainda há poucos dias, aproveitaram o buyout que os Suns acordaram com Greg Monroe e assinaram com o poste por uma temporada. A equipa fica mais forte, ganha capacidade de ressalto e pontos vindos do banco, mas ainda há espaço para por exemplo Tyreke Evans. Muito falhado em possíveis trocas, o elemento dos Memphis Grizzlies seriam uma mais-valia para a equipa de Brad Stevens, fortalecendo ainda mais a segunda unidade e procurando garantir a presença nas finais da NBA.
E os rivais Knicks, o que vão fazer? É cada vez mais uma realidade que a equipa não tem argumentos para chegar aos playoffs portanto, seguir o caminho para se tornar uma equipa vendedora e garantir futuras picks e liberdade salarial seria o caminho correto a seguir. Assim, nomes como Courtney Lee, Kyle O’Quinn, Lance Thomas, Jarrett Jack, Michael Beasley e mesmo o jovem Willy Hernangómez podem ser trocados até quinta-feira. Se a equipa se tornar vendedora, o próprio Kanter pode não estar a salvo. Tudo em Nova Iorque pode ser trocado, tirando os nomes de Frank Ntilikina, Tim Hardaway Jr, e a estrela Kristaps Porzingis. Os Knicks ainda têm o grave problema com Joakim Noah, afastadado da equipa depois de um alegado conflito com Jeff Hornacek e uma vontade clara dos Knicks em trocar o center francês, que tem um elevado salário e ainda alguns anos de contrato. Futuras picks podem ter sacrificadas em busca de uma nova casa para Noah.
Até quinta-feira tudo pode acontecer, até mesmo nada disto se concretizar e a montanha parir um rato. Vamos esperar que não e que a trade deadline seja extasiante.
Foto de Capa: NBA