Ricardo Moura era o grande favorito a vencer o Serras de Fafe, que se disputou faz hoje uma semana, mas uma pedra fixa no meio do primeiro troço da parte da tarde – Luilhas2 – fez com que o tricampeão de ralis tivesse de abandonar a prova quando liderava.
Com o abandono do açoriano, Pedro Meireles teve o caminho aberto para a vitória e acabou mesmo por obter a sua primeira conquista no CNR. Foi uma vitória ao segundo; o estónio Martin Kangur – Kanguru, como ficou conhecido entre os portugueses – ficou a apenas 1,3 segundos do vimaranense. Foi uma tarde de excelência para Kangur, que ainda assim respeitou todos os pilotos portugueses. Esta prestação não pode deixar de preocupar os pilotos nacionais, pois, nos troços que a grande maioria deles conhece melhor, viram um estreante quase ganhar a prova. Uma prova de que é preciso trabalhar melhor nos ralis nacionais a nível de promoção de pilotos, apesar de reconhecer que, para já, é quase impossível devido ao estado financeiro do país. Apesar disto, a falta de um troféu de iniciação com um carro menos potente é uma coisa que penso que tem de existir necessariamente, e a FPAK tem de o pensar obrigatoriamente.
Foi esta pedra que fez Ricardo Moura desistir:
Mas a grande lista de inscritos e a competitividade da prova trouxeram coisas boas e coisas más. A sede de ralis de qualidade sentida pela população nortenha levou muita gente à estrada, mas o mau posicionamento em algumas zonas poderia ter causado grandes dissabores à organização da prova. Outro aspeto muito negativo foi para aqueles que não conseguiram ir até Fafe e quiseram acompanhar a prova online. O sistema que apresentava os tempos online era muito lento e não tinha capacidade para a quantidade de pessoas que quiseram seguir a prova deste modo. Algo a rever para a edição deste ano, quer a nível de qualidade quer de capacidade.
Dia 7 de março, o Nacional de ralis regressa com o Rali Cidade de Guimarães, uma prova que está a ser aguardada com grande expetativa por todos.