Kris Meeke, King in the North

    Cabeçalho modalidadesRecuemos a maio de 2009, o Rali dos Açores chegava ao IRC, na altura o segundo campeonato mais importante de ralis do mundo, e o vencedor foi um inglês então com 29 anos. Era a sua primeira vez a correr em Portugal e logo com uma vitória à frente de nomes como Freddy Loix, Bruno Magalhães – que venceria no ano seguinte à sua frente – ou Jan Kopecký; falo claro de Kris Meeke, o vencedor do Rali de Portugal deste ano.

    O piloto inglês da Citroen foi apontado por mim como um dos favoritos, mas confesso que não esperava um domínio tão grande de Meeke nesta prova – só não teve na liderança na 1ª especial. A vantagem final foi de apenas 29.7s o que não é muito, mas o último dia foi de controlo total do que se estava a passar.

    Na segunda posição ficou outro antigo vencedor do Rali dos Açores; Andreas Mikkelsen bateu Sébastien Ogier no último dia de prova e consegui o segundo posto. O norueguês da Volkswagen no seu quarto ano de WRC pela equipa alemã tem de começar a mostrar um pouco mais de serviço e bater pelo menos Latvala de forma consistente, o tempo de aprendizagem não pode durar para sempre.

    Ogier foi dos que mais sofreu por ter de abrir a estrada nos dois primeiros dias de prova o que em pisos de terra é muito prejudicial. Mesmo assim manteve-se em segundo até ao último dia quando perdeu o lugar numa altura em que já não abria a estrada. Aqui tenho de deixar uma crítica que me parece ser de todos os apreciadores da modalidade. O líder do campeonato ter de abrir a estrada em praticamente todo o rali prejudica muito o piloto e não é justo. Percebe-se que é preciso tornar o campeonato mais competitivo, mas não se pode castigar um piloto só porque é o melhor, é injusto e eu nem sou um dos maiores fãs de Ogier.

    O Rali de Portugal dá-nos imagens maravilhosas Fonte: J.Ree Photography
    O Rali de Portugal dá-nos imagens maravilhosas
    Fonte: J.Ree Photography

    No que toca aos portugueses Miguel Campos cumpriu o seu objetivo de ser o melhor ao fazer uma boa prova e ao conseguir um positivo 14º lugar – quinto entre os WRC2 – João Fernando Ramos foi segundo nesta classificação e Pedro Rodrigues terceiro, só tendo terminado mais um português, Hugo Mesquita.

    Bernardo Sousa teve uma prova agridoce. O madeirense esteve na liderança do Drive Dmack Cup até à última especial, mas uma saída de estrada tirou uma vitória que era certa. Um péssimo resultado na sua luta pelo prémio da competição; competir na próxima temporada no WRC2 com o apoio da Dmack. É um erro que não se percebe dada a vantagem para o segundo classificado e que infelizmente já vem sendo habitual no Bernardo Sousa. Uma verdadeira pena porque qualidade é coisa que não lhe falta.

    Foto de capa: Rally de Portugal

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Rodrigo Fernandes
    Rodrigo Fernandeshttp://www.bolanarede.pt
    O Rodrigo adora desporto desde que se lembra de ser gente. Do Futebol às modalidades ditas amadoras são poucos os desportos de que não gosta. Ele escreve principalmente sobre modalidades, por considerar que merecem ter mais voz. Os Jogos Olímpicos, por ele, eram todos os anos.                                                                                                                                                 O Rodrigo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.