Na França mandam os portugueses, em Portugal mandou Ogier

    Cabeçalho modalidadesO Rali de Portugal foi espetacular, como se previa, e a maior prova é terem existido seis líderes diferentes durante o rali e nove pilotos diferentes a vencerem especiais.

    Sébastien Ogier foi o grande vencedor desta edição do rali português e somou assim a sua quinta vitória no nosso país, igualando o recorde de Markku Álen. O francês passou para a liderança do rali no último troço da manhã de sábado e não mais a largou, conseguindo controlar Thierry Neuville, o seu maior adversário no rali e no campeonato. Neuville desta vez não conseguiu vencer, mas mostrou que está num ano excelente. A luta entre os dois não vai terminar aqui e penso que o campeão será um dos dois – espero que o Ogier. Assumo que antes deste ano seria totalmente impossível dizer isto, o que me faz querer uma vitória da M-Sport.

    O francês herdou a liderança de Ott Tanak que era o líder até dar um toque num morro e hipotecar qualquer hipótese de vencer em Portugal. Na minha antevisão tinha referido o piloto estoniano como um dos principais destaques e assim foi, só tenho pena que não tenha conseguido lutar até ao final.

    No lugar mais baixo do pódio ficou Dani Sordo, o espanhol deve ter sido o piloto que mais apoio teve. O piloto da Hyundai foi rápido, mas nunca conseguiu acompanhar os dois primeiros e Tanak, mas teve o mérito de fazer um rali limpo.

    Mais uma vez o público disse presente Fonte: Rali de Portugal
    Mais uma vez o público disse presente
    Fonte: Rali de Portugal

    A Citroen teve mais um rali para esquecer. Algo tem de mudar na marca francesa depois deste arranque de temporada. Está a ser péssimo e ainda não consegui perceber se pelo carro se pelos pilotos, o que sei, ou melhor, todos nós sabemos é que estão muito fracos. No entanto Craig Breen terminou no seu lugar fetiche, o quinto, posição em que terminou em todos os ralis que conseguiu chegar ao fim este ano (quatro em cinco).

    As mudanças começam já na Sardenha com a saída de Stéphane Lefebvre e a entrada de Andreas Mikkelsen. Para já será apenas na prova italiana, mas acredito que a mudança poderá acontecer em definitivo mais à frente na temporada, assim mereça Mikkelsen, obviamente, porque se fizer como em Portugal…

    A Toyota levou três carros pela primeira vez esta temporada e conseguiu que todos terminassem nos pontos. Juho Hanninen foi o melhor e finalmente deu-me razão quando na antevisão disse que ia ser melhor que o Jari-Matti Latvala. Ok, reconheço que errei, e por muito. Latvala terminou em nono, mas não fosse estar com febre e provavelmente teria lutado pela vitória. Já Esapekka Lappi terminou em 10º na estreia, um bom resultado e que vai melhorar ainda este ano.

    Miguel Campos foi o melhor português pelo terceiro ano seguido Fonte: Rali de Portugal
    Miguel Campos foi o melhor português pelo terceiro ano seguido
    Fonte: Rali de Portugal

    Por fim falar do WRC2, já aqui muito elogiei Andreas Mikkelsen, mas um piloto com a sua experiência e qualidade não pode capotar no último troço quando tem tudo decidido a seu favor. É um sinal negativo que deixa às equipas, apesar de ter dominado o rali, no entanto na próxima prova estará pela Citroen, como já leram. Pontus Tidemand herdou a vitória depois de bater Teemu Suninen numa batalha que supostamente seria para o segundo lugar. Destacar o quarto lugar de Miguel Campos nesta categoria.

    Já dia 9 começa o Rali da Sardenha, a próxima ronda do WRC, também disputado em terra. Será um rali que se espera novamente muito animado. As postas vão para os mesmos. Neuville em primeiro, Ogier segundo e Tanak terceiro, vamos a ver se tenho sorte.

    Foto de Capa: Sébastien Ogier

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    Rodrigo Fernandes
    Rodrigo Fernandeshttp://www.bolanarede.pt
    O Rodrigo adora desporto desde que se lembra de ser gente. Do Futebol às modalidades ditas amadoras são poucos os desportos de que não gosta. Ele escreve principalmente sobre modalidades, por considerar que merecem ter mais voz. Os Jogos Olímpicos, por ele, eram todos os anos.                                                                                                                                                 O Rodrigo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.