Ontem em Wenger, Suíça, realizou-se a 6ª prova de Slalom. É um prova que, possivelmente, pode vir a revelar-se decisiva na conquista do título da disciplina de Slalom deste ano. Para esta prova, Henrik Kristoffersen partia como grande favorito (por ter ganho a maioria das provas desta disciplina, na época atual), mas aparecia em segundo lugar na tabela classificativa, imediatamente a seguir a Marcel Hirscher, que se via obrigado a ganhar para manter a liderança em Slalom.
Assim, a primeira manga surpreendeu, de certa forma, os espetadores desta modalidade, uma vez que viram nomes como Felix Neureuther e Alexis Pinturault ocupar, respetivamente, os 10º e 11º lugares, depois de realizarem tempos bem abaixo do expectável. Por outro lado, apareciam, em bom plano, o jovem britânico Dave Ryding, o italiano Manfred Moelgg (que, apesar de não estar a alcançar o nível das duas últimas provas, estava em 6º lugar, com um aceitável tempo de 53.34s), Mattias Hargin e o russo Khoroshilov, o qual ia surpreendendo com um fantástico 2º lugar, um acima do “grande” Hirscher. Sem grandes surpresas, uma descida realizada de forma irrepreensível do ponto de vista técnico e de trajetória, proporcionava ao norueguês Henrik Kristoffersen o 1º lugar no final da primeira manga.
Na 2a manga, tanto Ryding como Hargin e Khoroshilov não conseguiram consolidar a 1ª manga que tinham realizado e, por isso, terminaram todos fora do top 5. Já Lizeroux e Neureuther alcançaram tempos em nada comparados com os obtidos anteriormente que, consequentemente, lhes valeram um lugar entre os 5 melhores esquiadores nesta prova. Hirscher também melhorou substancialmente o seu tempo de manga e colocou muita pressão sobre o norueguês, que descia a seguir. Um erro de trajetória de Kristoffersen parecia assegurar a liderança de Hirscher nesta disciplina, mas um surpreendente aumento da velocidade do norueguês na ponta final da pista valeu-lhe a vitória e, por conseguinte, a merecida ultrapassagem a Hirscher na classificação de Slalom.
Apesar de tudo isto, no conjunto de todas as disciplinas, o austríaco segue na frente da classificação, com uma considerável distância para o 2º lugar e tem, na minha opinião, reunidas todas as condições para se tornar campeão mundial novamente.
Foto de capa: Marcel Hirscher
Artigo revisto por: Francisca Carvalho