Os eSports são um fenómeno global. O top 30 de jogadores mais bem pagos conta com jogadores de 15 países diferentes, o que ajuda a mostrar que o sucesso, a exemplo do que sucede com outros desportos, parte muito do individual, muito embora se trate de um desporto colectivo. São números que incluem apenas os valores recebidos em prémios de jogo, após participação em eventos. Estes valores são públicos, ao contrário dos salários, pelo que são estes que temos em consideração aqui. No topo da lista, está Kuro “Kuroky” Takhasomi. O alemão, com mais de 3,3 milhões de dólares em carteira, lidera a lista desde Agosto, após a vitória num evento que pagou 23 milhões de dólares às equipas que nele participaram. Seguem-se mais de 40 jogadores na lista com ganhos acima de um milhão de dólares.
Desenganem-se se pensam que a lista é dominada pelos países que estamos habituados a ver. Oh, sim, está lá a Alemanha, os Estados Unidos, a China… mas está também a Jordânia, o Paquistão, o Líbano, a Estónia e outros. E Portugal? Portugal está longe, bem longe neste aspecto. Embora haja por cá alguns bons porta estandartes da comunidade portuguesa, a verdade é que nenhum logrou atingir os 100 mil dólares em prémios ainda. Pode ser visto como um problema e extrapolar-se por esse caminho. Mas pode, também, ser visto como uma tremenda oportunidade. Números de jogadores não faltam. Falta o investimento financeiro, de tempo e de trabalho, para que os números subam também.
O cenário nacional tem, de momento, duas grandes competições. A LPLOL e a LPGO. As ligas Portuguesas de League of Legends e de Counter-Strike: Global Offensive, respectivamente. A LPLOL já conta com uns anos de actividade e é a maior liga Nacional, crescendo gradualmente de ano para ano. A LPGO nasceu recentemente e procura trilhar por um caminho semelhante, num jogo que, em Portugal, granjeia mais espectadores. Regra geral, o cenário português vai sendo dominado por três equipas: K1ck, For the Win e Alientech.