Com o corpo em Braga e o coração em Lisboa

    Cabeçalho modalidades

    O jogo de Futsal entre o Sporting e o Braga da passada quarta-feira (21/06) levou a que tivesse de reformular, após o final do encontro, grande parte do texto que tinha preparado durante esta semana para o Bola na Rede. A partida não confirmou as minhas intuições e expectativas relativamente àquilo que seria de esperar da parte dos Leões: uma equipa aguerrida, controladora e dominadora do primeiro ao último minuto.

    Depois da vitória sem espinhas ante o Braga em casa por 3 – 1 no passado domingo (18/06), tudo levaria a crer que o desfecho do jogo de quarta-feira fosse mais um de “soma e segue”. Mas não foi isso o que aconteceu e o Sporting acabou por perder por 5-4, ficando a Final da competição com um resultado de 1 a 1, faltando ainda 3 partidas por disputar (o vencedor será o que tem o melhor resultado nas cinco partidas totais).

    Perante o falhanço das minhas intuições e expectativas, e na tentativa de encontrar uma razão para o fracasso leonino, sou levado a pensar que foi precisamente no dia do encontro, 21 de junho, que se inaugurou oficialmente o tão aclamado, desejado e idolatrado Pavilhão João Rocha. Os sportinguistas sabem bem a importância que tal feito teve, tem e sempre terá para o clube. Durante todo o dia 21 bem como nas semanas anteriores, as redes sociais leoninas (oficiais ou não) foram colocando hora a hora e minuto a minuto as incidências da inauguração do tão desejado pavilhão e os sportinguistas corresponderam com o amor, a devoção e a glória que tanto os caracteriza, ora deslocando-se massivamente para o evento que teve lugar no agora recinto oficial das modalidades, ora acompanhando a cerimónia inaugural na Sporting TV.

    Em Braga, os arsenalistas levaram a melhor Fonte: Sporting Clube de Portugal - Futsal
    Em Braga, os arsenalistas levaram a melhor
    Fonte: Sporting Clube de Portugal – Futsal

    Mas de que forma é que isso se relacionará com o fracasso leonino no jogo contra o Braga na passada quarta-feira? Pois bem: talvez os corações daqueles Leões futsalistas ficassem também eles nas bancadas do João Rocha em Lisboa ao lado dos atletas das outras modalidades e partilhando o mesmo fervor e alegria dos melhores adeptos do mundo. É simples: corpo em Braga, coração em Lisboa. Não retirando o mérito à equipa do Braga (que jogou melhor do que o Sporting em toda a partida e que, por isso mesmo, mereceu ganhar) o que é facto é que por muito profissionais que sejamos ou por muito racionais que queiramos ser há, quanto mais não seja num plano inconsciente, um descontrolo emocional nestas ocasiões que pode comprometer a atenção e a concentração durante uma partida. E aquilo que se passou no Pavilhão João Rocha no passado dia 21 foi, de facto, de deixar qualquer sócio, adepto ou jogador leonino com um fervor no peito, impedindo-o de se concentrar devidamente.

    Se a razão foi esta, então estão mais do que desculpados, meus caros Leões! Mas a partir de agora já não há desculpas, rapazes, muito menos corpo de um lado e coração do outro. Têm que estar unidos e intransponíveis rumo à vitória do campeonato nacional de Futsal. O lema é pois simples, claro e inequívoco: ganhar, ganhar, ganhar!

    Foto de Capa: Sporting Clube de Portugal – Futsal

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Roger Schmidt: «Eles não criaram chances»

    Roger Schmidt já reagiu ao desafio entre o Benfica...

    Florentino Luís: «Não tivemos o futebol dos últimos jogos»

    Florentino Luís já reagiu ao desafio entre o Benfica...

    Conference League: eis os resultados desta quinta-feira

    A Liga Conferência já não tem treinadores portugueses com...
    Simão Mata
    Simão Matahttp://www.bolanarede.pt
    O Simão é psicólogo de profissão mas isso para aqui não importa nada. O que interessa é que vibra com as vitórias do Sporting Clube de Portugal e sofre perante as derrotas do seu clube. É um Sportinguista do Norte, mais concretamente da Maia, terra que o viu nascer e na qual habita. Considera que os clubes desportivos não estão nos estádios nem nos pavilhões, mas no palpitar frenético do coração dos adeptos e sócios.                                                                                                                                                 O Simão escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.