Quem não teve a oportunidade de assistir ao jogo da Supertaça entre o Sport Lisboa e Benfica e a Associação Desportiva do Fundão e apenas olhasse para as estatísticas no fim dos 40 minutos regulamentares pensaria que o jogo foi de sentido único, uma vez que o Benfica rematou 71 vezes contra 9 do seu adversário. No entanto, foi uma tarefa muito complicada para as águias, que tiveram de recuperar de um 0-3 favorável à turma beirã para levar o jogo a prolongamento e só aí impor a lei do mais forte, ganhando por 6-3.
Mas primeiro vamos ao resumo do jogo, que começou com um Benfica dominador, embora inconsequente, e um Fundão extremamente eficaz, que apostou fortemente no contra-ataque e petiscou, adquirindo uma confortável vantagem de 3 golos, marcados por Anilton, aos 8 e 26 minutos, e Márcio Moreira, aos 15. É claro que as incidências da partida acentuaram o domínio do Benfica, que operou nos últimos 7 minutos da partida uma reviravolta épica, que demonstra a fibra de campeão do clube orientado por Joel Rocha.
Primeiro veio o golo de Bruno Coelho aos 33 minutos; de seguida, o reforço Fernando Wilhelm aos 37, e, já a jogar com guarda-redes avançado, a poucos segundos do fim, conseguiu o empate, através de um passe de Bruno Coelho para Alan Brandi, que, a meias com um defesa contrário, empatou o jogo e levou o encontro para prolongamento. Rude golpe para as aspirações da equipa do Fundão, o “David”, que sentia o troféu a escapar-lhe por entre os dedos, enquanto para o “Golias” era muito provavelmente a confirmação da conquista da supertaça no prolongamento, conforme os festejos dos adeptos encarnados deixavam antever.
O prolongamento foi, previsivelmente, uma mera formalidade para os benfiquistas, que nos 10 minutos confirmaram o ascendente criado pela fantástica recuperação no marcador. No tempo extra marcaram Fábio Cecílio, aos 44 minutos; o guarda-redes Juanjo, que marcou de baliza a baliza, aos 45 minutos, aproveitando o guarda-redes avançado do Fundão; e finalmente assistiu-se ao bis de Fernando Wilhelm, aos 47 minutos.
Deixo uma palavra de apreço para a equipa beirã, que esteve quase a “levar a água ao seu moinho”, bem orientada por Bruno Travassos e que mostrou que no fim da época irá certamente estar na luta pelos lugares cimeiros. E acrescento também uma palavra para o SL Benfica, que tem de melhorar substancialmente o seu nível de eficácia, pois no passado Domingo correu bem mas não convém repetir muitas vezes a história.
Antes da final masculina, e também em Oliveira de Azeméis, teve lugar a Supertaça feminina, com vitória do Novasemente sobre a Quinta dos Lombos por concludentes 7-1.
Imagens retiradas do facebook oficial do Benfica para as modalidades