Miguel Ferreira é treinador de futsal. Atualmente ao serviço do Ferreira do Zêzere, o técnico de 47 anos aceitou o convite de ser entrevistado pelo Bola na Rede, em que fala brevemente da sua carreira, aborda a sua colaboração com Nuno Dias, e, ainda, dá a sua opinião sobre temas importantes do futsal português.
Carreira como Treinador
Bola na Rede: Há quantos anos é que está ligado ao Futsal?
Miguel Ferreira: Comecei em 1991, como jogador na Académica de Coimbra. Fiz sete épocas como jogador, sete como jogador/treinador e 12 como treinador, ou seja, 26 anos no total.
BnR: A primeira experiência ao mais alto nível foi no Instituto D. João V (treinado por Nuno Dias, atual treinador do Sporting C.P.), mas como adjunto e responsável pelo trabalho de guarda-redes. Como surgiu esse convite? Sentiu alguma dificuldade neste desafio? Já agora, na sua opinião, o técnico Nuno Dias já mostrava nessa altura alguns indícios de que poderia atingir um patamar de excelência?
M.F.: Esse convite surgiu através do Nuno Dias, que era o treinador principal. Nós éramos colegas de trabalho, pois dávamos ambos aulas em Monte Redondo, há vários anos. Partilhávamos, também, a paixão pelo futsal, por isso não foi difícil decidir. Já nessa altura, ele (Nuno Dias) revelava uma capacidade de trabalho e de liderança muito à frente de todos os outros que conheci, por isso trabalhar com ele sempre foi e será um prazer, e a sua ascensão até ao topo do futsal mundial será uma mera questão de tempo (e já lá está muito perto). A maior dificuldade foi ter de me adaptar ao trabalho com os guardar-redes, pois sempre fui jogador de campo e nunca tinha feito esse trabalho, o que exigiu de mim muito trabalho de casa e muita dedicação.