O Jamor viu ruir a esperança portuguesa no Portugal Padel Masters. A atribuição de um wildcard à dupla Miguel Oliveira/Lucas Silveira da Cunha foi polémica e deixou Diogo Rocha intrigado e um pouco desiludido, uma vez que o número um nacional esperava que João Lagos o presenteasse com entrada directa para o quadro principal. Porém, o pensamento do organizador do torneio foi outro, a ambição de ver dois portugueses no quadro falou mais alto e, sendo teoricamente mais fácil que Diogo Rocha se apurasse, Miguel Oliveira acabou por ser o brindado com o wildcard.
No entanto, o fado foi outro… e bem mais triste! Depois das derrotas de Vasco Pascoal e de Diogo Schaefer, a dupla Diogo Rocha/António Luque cedeu, já de noite, na última ronda da prévia, aquela que garantia o acesso ao quadro principal do torneio. A derrota por 6-1, 5-7, 6-2 foi reflexo do jogo a que se assistiu no court do Jamor, com António Luque a ressentir-se bastante da sua lesão, no terceiro set, tornando difícil a recuperação. Estava, assim, fechada a participação do número um português, no torneio mais importante que Portugal recebeu e um dos mais conceituados do circuito mundial.
Contávamos agora com a aposta de João Lagos, Miguel Oliveira, o único português no quadro principal deste Masters. Mas a sorte foi inimiga da dupla Oliveira/Lucas Silveira da Cunha, que foi presenteada com dois dos cinco melhores jogadores do mundo, Maximiliano Sanchéz/Matías Díaz. O favoritismo estava claramente do lado de Sanchéz/Díaz, e o resultado apenas veio confirmá-lo, numa partida em que a dupla luso-brasileira tentou travar os adversários e delinear uma estratégia que permitisse tomar conta do encontro. Esperava-se um jogo difícil e assim foi, o português foi incapaz de anular o jogo adversário e o resultado final acabou por ditar o fim da participação portuguesa no torneio.
O balanço final é positivo, se tivermos em conta a qualidade tremenda dos jogadores que fazem parte deste torneio. Miguel Oliveira teve azar no sorteio e, perante isto, fez o que podia – tentar fazer o melhor resultado possível e tornar o jogo o mais disputado que conseguisse. Na minha opinião, Diogo Rocha, apesar do resultado, é um jogador com mais capacidade, física, técnica e psicológica, para enfrentar um quadro principal de um Masters e, também por isso, poderia ter feito mais do que fez na segunda ronda da prévia.
O objectivo tem que ser continuar a lutar por formar mais jogadores capazes de disputar quadros principais. Miguel Oliveira e Diogo Rocha têm que trabalhar para dar o salto: em Portugal já são os melhores, falta o Mundo! Vamos!
Foto de Capa: Portugal Padel Masters