Terminado o Miami Open, segundo torneio ATP Masters 1000 da temporada, começam a desenhar-se algumas tendências prováveis para o que resta do presente ano tenístico. Assim, se na vertente feminina o equilíbrio e a (relativa) imprevisibilidade têm sido nota dominante, já na vertente masculina, há um suíço que, aparentemente renascido das cinzas, tem dominado por completo o circuito: Roger Federer.
Na vertente feminina, o destaque vai por completo para a vencedora do torneio: Johanna Konta. A britânica, que há menos de quatro anos não conseguia sequer ultrapassar o qualifying do Estoril Open, é hoje em dia reconhecida como uma das melhores tenistas do mundo. O serviço é a sua principal arma mas, o que mais se destaca em Konta, é a consistência global do seu jogo. A britânica atinge agora a sua melhor classificação de sempre no ranking WTA (7ª posição) e, mantendo-se o seu ritmo evolutivo, parece plausível que esta venha a figurar no top 3 mundial muito em breve.
Já Caroline Wozniacki, derrotada por Konta na final, vem confirmando a sua (re)ascensão, contabilizando já três grandes finais em 2017. Apesar de não ter ganho qualquer uma delas importa recordar que foi precisamente assim que a dinamarquesa conseguiu, em 2010, atingir o lugar cimeiro da hierarquia mundial sem que tenha vencido qualquer torneio do Grand Slam.
Como notas de destaque, há ainda a referir: pela positiva, Venus Williams, que aos 36 anos continua sistematicamente a atingir fases avançadas dos principais torneios; pela negativa, Angelique Kerber, que continua sem conseguir atingir o nível apresentado na temporada passada.
Na vertente masculina, o destaque vai, por completo, para Roger Federer. Ainda que pela primeira vez apresentando alguns sinais de desgaste físico, especialmente nos encontros frente a Tomas Berdych e a Nick Kyrgios, o suíço foi mesmo assim superior a toda a concorrência e, com a sua pancada de esquerda a atingir um nível cada vez mais elevado, acabou por conquistar o terceiro grande torneio da temporada.
Não restam dúvidas: Federer foi rei e senhor da primeira passagem do circuito pelos pisos rápidos em 2017. O suíço deverá agora descansar até Roland-Garros para, posteriormente, procurar atacar em força a conquista do seu oitavo título, em Wimbledon.