Rafael Nadal conquista o 5º título consecutivo de Roland Garros

    cab ténis

    Rafael Nadal venceu Novak Djokovic por 3/6, 7/5, 6/2 e 6/4 e conquistou o seu quinto título consecutivo de Roland Garros, igualando assim a façanha de Bjorn Borg e confirmando-se, ainda mais, como um dos melhores jogadores de terra batida de todos os tempos.

    No primeiro set, verificou-se a regularidade habitual de inicio de final de Grand Slam. Ambos os jogadores a explorarem o jogo um do outro. Djokovic beneficiou de dois factores: um conjunto de pancadas ganhantes superior à de Rafael Nadal e que lhe permitiram galvanizar o público em momentos chave, e claro do andamento do marcador que o beneficiou na construção do resultado ao conseguir o break no jogo decisivo (o sétimo) e que lhe permitiu de seguida servir para fechar o primeiro parcial.

    Na segunda partida era Rafael Nadal que partia com o peso de correr atrás do prejuízo e as coisas até estavam a parecer demasiado fáceis para o espanhol. Nadal quebrou o serviço de Djokovic e colocou-se a vencer por 4-2, servindo para o 5-2. Num momento raro o espanhol cedeu à pressão e permitiu a recuperação a Djokovic que conseguiu equilibrar a contenda levando o set a 5-5. No desempate Rafael Nadal conseguiu com toda a justiça colocar-se em vantagem para selar a vitória deste segundo parcial, comemorada em jeito de vitória final, mas que galvanizou o espanhol para enfrentar a terceira partida. A pressão estava agora do lado de Djokovic novamente.

    Nadal com o troféu de Roland Garros Fonte: Sports Keeda
    Nadal com o troféu de Roland Garros
    Fonte: Sports Keeda

    E que bem que começou a terceira partida para Rafael Nadal, com o espanhol a entrar a vencer por 3-0, e com Novak Djokovic a deixar apontamentos preocupantes, como perda de equilíbrio numa das trocas de campo. Sempre foi conhecida a falta de tolerância do sérvio ao calor, mas ainda assim o calor de Roland Garros não é sequer justificação para o “sofrimento” de Djokovic. Com 4-2 Djokovic falha uma bola fácil a meio court e Nadal partiu para a vitória decisiva deste set que acabou por selar com um 6-2.

    Na quarta partida, Rafael Nadal entrou mais solto, fruto de estar na frente do marcador, e fisicamente mais presente do que Djokovic, levando assim o espanhol a conseguir dominar a fase inicial. Ainda assim e como ambos são feitos da fibra dos campeões a partida não foram “favas contadas” para Nadal. Djokovic conseguiu puxar novamente o ascendente até si e apesar da desvantagem no marcador os pontos passaram novamente a ser mais disputados. Djokovic conseguiu empatar a partida a quatro, mas Nadal não se assustou e conquistou os dois jogos seguintes, selando assim a vitória por 6/4.

    Com esta conquista o espanhol conquistou assim o seu quinto titulo consecutivo de Roland Garros, batendo o mítico record de Bjorn Borg para gáudio dos adeptos espanhóis. De referir ainda as dificuldades físicas de Djokovic em momentos da partida, mas que não servem obviamente de desculpa para a superioridade de Nadal ao longo de quase todo o encontro.

    Na variante feminina, Maria Sharapova conquistou mais um título do Grand Slam, ao derrotar a surpreendente Simona Halep por 6/4, 6/7 e 6/4, conquistando o seu quinto título do Grand Slam, naquela que a tenista Russa classificou como a “final mais difícil da vida”.

    Segue-se agora a sempre interessante época de relva, onde os fãs de Roger Federer suspiram sempre por uma recuperação do suíço que foi, ou é, um dos maiores especialistas neste tipo de terreno. Depois de Roland Garros segue-se assim o mítico torneio de Wimbledon.

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    Miguel Dias
    Miguel Dias
    O Miguel jogou ténis durante mais de dez anos, sendo actual vice-presidente do clube ténis da sua terra natal, Almeirim. Para além disso, acompanha a modalidade desde 2008, tendo feito já a cobertura do Portugal Open, entre outros, e tendo sido já comentador convidado da Eurosport para a modalidade.                                                                                                                                                 O Miguel não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.