O slogan é de Nicolas Sarkozy, politico francês, mas pode aplicar-se à selecção francesa, que vai defrontar Roger Federer e companhia na final da Taça Davis, que se joga a partir de hoje em Lille, França.
Jo Wilfried Tsonga, Gael Monfils, Julien Benneteau e Richard Gasquet constituem uma das equipas mais sólidas que uma selecção de ténis pode querer ter em seu poder. E diga-se: Tsonga e Monfils são dois dos melhores jogadores do mundo para jogar uma final de uma Taça Davis em casa. Se a equipa suíça conta com Roger Federer e Stanislas Wawrinka, dois dos tenistas que estão em melhor forma nesta fase final de temporada, e que chegam para vencer a competição, a selecção francesa conta com os seus quatro mosqueteiros, que, inspirados na cruzada de Henri Leconte e companhia, perseguem o 10º titulo e o primeiro desde o ano de 2001.
Em primeiro lugar, os quatro tenistas franceses não disputaram o Masters em Londres, aparecendo assim em Lille muito mais frescos e com mais tempo de treino adaptado ao piso e às condições que vão encontrar em Lille. Em segundo, jogam em casa, no piso que mais os beneficia e no ambiente que mais os ajuda.
A par disso, Tsonga e Monfils são loucos. São verdadeiras estrelas do ténis dentro de court e sabem melhor do que ninguém utilizar o público a seu favor, o que nesta competição é um factor de extrema importância. Estes dois jogam “ténis-espectáculo” – para as bancadas e com as bancadas – e isto basta para nos momentos de maior aperto conseguirem dar a volta por cima ou para fazerem os suíços entrar em campo “encolhidos” e a medo.
Claro que uma equipa que tem Federer parte da pole-position e uma equipa que para além de Roger conta com o espírito de sacrifício de Wawrinka é como uma equipa de Fórmula 1 que coloca os dois carros nos dois primeiros lugares. A vontade de Roger de conquistar este título não significa que a equipa suíça não vá passar por dificuldades, ainda para mais quando o técnico nacional, Severin Luthi, não colocou Federer e Wawrinka no par, não se sabendo se foi uma decisão tomada fruto da mais recente zanga entre ambos.
A equipa francesa joga assim na sua máxima força frente a uma Suíça que, não estando propriamente debilitada, não está no máximo do seu potencial, devido à lesão de Roger Federer e ao suposto mau ambiente entre Wawrinka e “FedExpress”. Tsonga, Monfils, Benneteau e o “baby Federer”, Richard Gasquet, querem certamente mostrar que em França mandam os franceses e alguns têm até algumas contas a ajustar com os adversários suíços, provando a eles e ao mundo que numa competição como a Taça Davis o que conta não é o ranking, mas única e exclusivamente aquilo que acontece dentro do court.
A Taça Davis decorre de Sexta a Domingo.