Por estes dias, existem questões com um grau de dificuldade acima da média, que dificultam a capacidade que temos para responder. Será que a Terceira Guerra Mundial vai acontecer? Qual é a posição da China no meio disto tudo? Onde anda o Big Big Mac? Entre elas, está uma à qual vou procurar ajudar a responder: qual é a utilidade do Samaris para esta temporada?
Parece que o grego está a perder o pouco espaço que já tinha no plantel. Até aqui, ele era uma das duas hipóteses para o sector mais recuado do meio-campo do Benfica, sendo que a outra era o titularíssimo Fejsa. Contudo, a concorrência foi, a seu tempo, começando a ser um problema para Samaris.
Dividir o poleiro de médio-defensivo com o sérvio era mais do que aceitável e até se pede que uma equipa que quer lutar pelo campeonato, taça e ir longe na Champions tenha, pelo menos, duas alternativas para cada uma das posições.
Contudo, o problema começou a surgir quando o Benfica comprou Filipe Augusto e, no espaço de meia-época, o brasileiro ganhou o estatuto de número dois nas escolhas de Rui Vitória, para o mesmo lugar que Samaris.
Convém dizer que, entre os adeptos e simpatizantes do Benfica, Samaris não é o nome mais consensual. É um pouco como a maionese, uns gostam, outros nem por isso. E percebe-se. Já demonstrou ser capaz do melhor e do pior. Causou impacto logo na primeira temporada de águia ao peito, ao completar 37 jogos oficiais, números que foram melhorados na época seguinte, com 41 jogos e dois golos.
Daí para a frente, implementou-se a era da inconsistência nas exibições de Samaris. O espaço para jogar começou a ser cada vez menor, apesar dos 32 jogos realizados na temporada passada, devido à lesão de Fejsa.
Esta temporada, o Benfica já realizou cinco partidas e o melhor que vimos de Samaris foi o relaxe natural do grego sentado no banco de suplentes. Não que não esteja em pulgas para ir para dentro de campo, mas a verdade é que a probabilidade de tal acontecer laje na fugaz hipótese de Fejsa voltar a atravessar um longo período lesionado e de tal coincidir com uma lesão de Filipe Augusto.
Só assim é que Samaris poderá ir a jogo, e se a isto juntarmos o que parece ser um Rui Vitória não muito convencido com o real valor dele, então o grego, que não saiu neste mercado de transferências, corre sérios riscos de o fazer no mês de Janeiro.
Em jeito de conclusão, a utilidade de Samaris para esta temporada está perto de ser nula.
Foto de Capa: SL Benfica
Artigo revisto por: Francisca Carvalho