Benfica 2-0 Paços de Ferreira: Fim da maldição no regresso a casa

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    Tarde de Domingo de Agosto: o Verão caminha para o seu fim, mas começa o campeonato. Para qualquer adepto do futebol, é o regressar à rotina dos fins-de-semana de jogos no café, da mini e dos tremoços e dos comentários durante a semana inteira. E, em especial para nós benfiquistas, é o regresso do nosso clube aos jogos a sério e à nossa querida casa. Já tinha saudades disto.

    Depois de uma pré-época atribulada mas com um jogo bem conseguido na Supertaça, o campeão nacional começava a defesa do título em casa, frente ao Paços de Ferreira. Mais do que querer provar que a pré-época tinha sido apenas isso, pré-época, Jorge Jesus e companhia tinham outro desafio. Desde 2004 que o Benfica não entra a ganhar no campeonato. Jorge Jesus queria que hoje fosse diferente. Do outro lado, estava o Paços de Ferreira com o regressado Paulo Fonseca. Depois de uma má experiência no Porto, o treinador voltava ao clube onde foi feliz e se deu a conhecer ao mundo. Um gesto de humildade por parte de Paulo Fonseca, na minha opinião.

    E pode dizer-se que este jogo foi uma continuação do da Supertaça. Artur acabou Rei em Aveiro e começou da mesma maneira na Luz. Nervosismo da estreia ou pressão de quebrar essa malapata de entrar a perder, o Benfica não entrou da melhor maneira. Mérito para o Paços, que ocupava bem os espaços e fazia uma pressão forte. Aos 10 minutos, Eliseu derruba Hurtado na área e é marcado penálti. Aceita-se a decisão. Mas Artur estava ainda em altas depois do jogo com o Rio Ave e defendeu. O Paços estava melhor, e o brasileiro teve mais duas boas defesas a impedir o golo. Era Artur, um dos alvos da pré-época, que salvava o Benfica, mas havia mérito pacense nesta má entrada benfiquista. A equipa encarnada demorou a encontrar-se no jogo mas, quando o fez, marcou. Aos 25 minutos, tabelinha entre Gaitan e Maxi Pereira e o uruguaio a marcar. Jogada simples, e ela estava lá dentro. Festa na Luz e um Benfica que parecia estar superado da má entrada. O golo só fez bem à equipa do Benfica, que passou a controlar a partida até ao intervalo. Destaque ainda para a saída de Enzo Perez, por lesão. O universo benfiquista não esquece a importância deste grande jogador no plantel e aplaudiu-o, quase como um pedido para ficar num clube onde é admirado por todos. Esperemos que este não seja o seu último jogo.

    Ao intervalo, o Benfica vencia depois de ter entrado mal, mas quando se viu em vantagem voltou a controlar o jogo, embora sem dominar.

    Artur voltou a estar em destaque Fonte: Zerozero.pt
    Artur voltou a estar em destaque
    Fonte: Zerozero.pt/ Carlos Alberto Costa

    A segunda parte mostrou um Benfica mais calmo, mais seguro e pressionante. A mudança de Rúben Amorim mais para a frente no meio-campo foi fulcral. O jogo desceu de nível; o Benfica controlava, o Paços tentava o golo mas sem o fulgor da primeira parte e sem assustar realmente Artur. Aos 72 minutos, Gaitan, mais uma vez, assiste Salvio para este cabecear para o golo da tranquilidade. Estava estabelecido o resultado final. Numa exibição segura a partir do primeiro golo, o Benfica é um vencedor justo. Não dominou completamente a partida mas controlou-a a seu belo prazer.  Ainda assim, há que destacar a boa imagem do Paços de Ferreira neste jogo, especialmente naquele início. Paulo Fonseca tem material para fazer uma época mais tranquila do que a época passada.

    Quanto ao Benfica, depois de uma pré-época atribulada, a equipa parece ter-se encontrado. Ainda não está no total das suas capacidades, ainda faltam reforços e esperemos que Enzo não saia. Mas também não é o descalabro que muitos apontavam.

    A Figura

    Artur – Entre Artur e Gaitan será difícil. Gaitan teve duas assistências e foi igual a si próprio. Mas Artur defendeu um penálti e fez duas defesas importantes numa altura em que o Paços ameaçava. Continua motivado depois da Supertaça mas, numa altura em que Júlio César e Karnezis parecem estar mais perto da Luz, será que o brasileiro continua nesta forma ou volta ao que foi na pré-época?

    O Fora-de-Jogo

    Eliseu – Esteve bem contra o Rio Ave, mas hoje não esteve no seu melhor. Teve muito trabalho frente a Hurtado, que o venceu no um para um.

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    André Conde
    André Condehttp://www.bolanarede.pt
    O André apoia o Benfica, mas, acima de tudo, gosta de comentar o futebol em geral. Adora assistir às primeiras pré-eliminatórias das provas europeias e é fã do Stoke City.                                                                                                                                                 O André não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.