#BnR5Anos: Benfica

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    1 – O mundo benfiquista que ruiu em duas semanas: Nunca achei que fosse possível e ainda hoje custa a acreditar em como tudo aquilo fatidicamente aconteceu. Perder dois títulos para lá hora e ver a taça fugir à frente dos meus olhos em Amesterdão foi a maior mágoa dos últimos cinco anos e sê-la-á por muitos mais que venham. A derrota frente ao Vitória de Guimarães na final da Taça foi a machadada final em todo aquele sofrimento. Ainda assim, Luís Filipe Vieira segurou Jorge Jesus e o (muito) sucesso chegaria um ano depois. Quando se está tão perto da glória é porque se está a ir no caminho certo.

    2 – O soberbo triplete de 2013/14: Se depois da tempestade vem a bonança, a época de 2013/14 é a prova disso mesmo. Depois de o inferno de 2013 ter descido à terra, o Benfica do triplete levou os adeptos de novo ao céu. Um conjunto soberbo de jogadores transformou-se numa das mais fortes equipas da Europa na altura. Hoje quase parece mentira, mas foi possível ter um onze com Oblak, Maxi, Luisão, Garay, Siqueira, Matic (mais tarde Fejsa), Enzo Pérez, Markovic, Gaitán, Rodrigo (ou Cardozo) e Lima. Neste momento restam três (!) jogadores desse fabuloso onze, pouco mais de um ano depois.

    3 – O melhor jogo nos últimos 5 anos: É um exercício difícil e o 3-1 ao Fenerbahçe fez-me duvidar da escolha, mas opto por um jogo que o Benfica nem sequer venceu. O nulo em Turim foi a mais bonita página que Jorge Jesus (mérito a quem o teve) e o Benfica escreveram na última metade da década. Um onze (terminaram nove o jogo) de heróis, a lutarem como puderam e não puderam contra a Juventus, que veria fugir-lhe a oportunidade de jogar a final da Liga Europa em casa, Platini e a UEFA. Um jogo à Benfica.

    A estrondosa recepção ao Benfica na chegada de Turim; Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica
    A estrondosa recepção ao Benfica na chegada de Turim;
    Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica

    4 – O texto que mais me custou ter na secção: Em Abril de 2014, o  Tiago Martins, enorme benfiquista que já não faz parte da secção, viu um companheiro de bancada perder a vida ali mesmo, num dos melhores jogos do Benfica nessa gloriosa época: “Onde o amor pelo Glorioso pedia mais e mais golos numa desenfreada arritmia de paixões, agora é o silêncio que impera. A mão sobre o lado esquerdo do peito já não simboliza a entrega a um amor como há poucos. Um amor que o havia de acompanhar em vida e dele despedir-se, ali mesmo, em morte.” – Para ler o texto AQUI

    5 – “O” momento – bicampeonato: A conquista de um bicampeonato 31 anos depois foi a melhor e mais saborosa conquista no reinado de Jorge Jesus. Em 2013 nunca seria capaz de pensar que, dois anos depois, o Benfica poderia estar a pequenos passos de reconquistar a hegemonia do futebol português. Muito mais valor teve esse feito se pensarmos que foi conquistado numa época de muito desinvestimento no plantel, ao que se juntou a saída de inúmeros jogadores importantíssimos e ainda um brutal investimento do maior rival.

    Esta foi a minha escolha, concordas com ela? Deixa a tua lista nos comentários.

    Aproveito ainda este espaço para congratular o Bola na Rede pelos seus cinco anos. Com o muito trabalho de muita gente foi possível erguer este projecto, que, de pequeno passo em pequeno passo, tem vindo a crescer bastante e está cada vez mais implementado no panorama do jornalismo online desportivo em Portugal. Um site em que todas as cores e opiniões contam. Venham mais cinco!

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    Francisco Vaz de Miranda
    Francisco Vaz de Miranda
    Apoia o Sport Lisboa e Benfica (nunca o Benfas ou derivados) e, dos últimos 125 jogos na Luz, deve ter estado em 150. Kelvin ou Ivanovic não são suficientes para beliscar o seu fervor benfiquista.                                                                                                                                                 O Francisco não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.