Chapecoense, Rui e Eusébio: Perdoem-lhes porque eles não sabem o que fazem

    Enfatizo a minha desolação por ver colegas benfiquistas a proferir cânticos ofensivos. Eu quero que o meu clube ganhe ao rival, claro, mas não os odeio, não detesto os outros que não defendem as minhas cores. Detesto sim atitudes que vão contra as leis de humanos civilizados, logo repudio, assim como os clubes que dizem defender o fizeram, os cânticos que decidiram cantar atacando o adversário, ao invés de apoiar o nosso.

    Foi no Clássico que se ouviu pela primeira vez o cântico dos Super Dragões que iniciou a polémica
    Foi no Clássico que se ouviu pela primeira vez o cântico dos Super Dragões que iniciou a polémica

    Os verdes e os azuis que façam como desejarem, repudiarei com toda a vontade, pois vejo o meu clube ainda mais acima do que já está, vejo o Benfica num patamar inalcançável por aqueles que se dizem cidadãos de um país desenvolvido. Contudo, repudio também os das minhas cores que fizeram o mesmo que os de outras. Entristece-me ter de o fazer, entristece a todos os órgãos que defendem verdadeiramente o Benfica e entristece todos os outros adeptos, que continuo a dizer que são a maioria, que não se identificam em tais atos desonrosos.

    Aproxima-se um escaldante derby entre Sporting e Benfica para a Liga NOS, um jogo importante para as contas do título de campeão, e tenho medo que tenha ainda mais vergonha de ter colegas defensores do vermelho e branco que poderão vir a desonrar ainda mais a camisola.

    Neste sábado que ganhe o melhor dentro de campo, e que esse seja o Benfica. Fora de campo que ganhemos todos ao deixar de lado a mesquinhice retardada de cantar pela morte de outros. E se, por alguma razão que me ultrapassa, o decidirem fazer, façam um favor e não tragam a indumentária encarnada vestida: sujam o manto sagrado.

    Saudações Benfiquistas!

    Foto de capa: SL Benfica

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    Pedro Afonso Estorninho
    Pedro Afonso Estorninhohttp://www.bolanarede.pt
    Desde pequeno que o Benfica faz parte da vida do Pedro Estorninho. Avô e pai benfiquistas deixaram-lhe no sangue a chama das águias. A viver nos Açores nunca teve muitas oportunidades de ver o clube ao vivo, mas os estudos trouxeram-no à capital, onde pode assistir de perto aos jogos do tricampeão. A paixão pela escrita sempre foi algo dentro dele que nunca conseguiu mostrar e surge agora a oportunidade de juntar o melhor dos dois mundos.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.