Com uma Lima destas não se faz caipirinhas

    Glóbulos Vermelhos

    Além de ser do Benfica, gosto bastante de beber uns copos. Duas qualidades essenciais na formação de qualquer homem. Ah, e convém saber apreciar um belo prato de favas. Posto isto, o crescimento vai sendo natural. O bigode ganha forma, a barba adensa-se e o passo seguinte é natural: estar de balde de caipirinha na mão encostado a uma qualquer parede do Bairro Alto ou Cais do Sodré.

    E as caipirinhas têm muita ciência. Primeiro, há que picar bem o gelo. Depois é cortar a lima em quartos e colocar no fundo do copo, para que esta, suculenta e com bastante sumo, dê sinais do seu sabor único à cachaça que ainda está para vir. É um bocado isso. Uma lima pode ser madura mas não pode ser velha. Pode estar suja, mas não pode estar azeda. Se isso acontece não há gelo que sirva nem cachaça que faça uma boa caipirinha. E fazer uma caipirinha má é fácil. Pelos vistos, basta largá-la sozinha no meio de quatro limões num qualquer pomar de Braga e esta sente-se sozinha, insuficiente, foge com tudo o que pode para as extremidades do quintal, sem entender que se precisa dela é no centro, isto quando não tem uma outra a acompanhá-la, claro.

    Lima pede ajuda aos Deuses / Fonte: benficaeternoscampeoes.blogspot.com
    Lima pede ajuda aos Deuses
    Fonte: benficaeternoscampeoes.blogspot.com

    Resumindo, Lima é um ponta-de-lança que respeito, que luta sempre, que não baixa os braços, que, diga-se, tem muita qualidade. Não deixa de ser uma peça importante no plantel do Benfica – pense-se na sua influência no jogo com o Gil Vicente, por exemplo – e que é apreciado nas bancadas. Podemos pensar nisto como uma má fase do brasileiro, que todos os jogadores têm, mas também não podemos deixar de pensar que vem em péssima altura, quando este devia assumir os golos quando Cardozo não está. Esperemos que seja tudo passageiro. Que esta Lima fique com o paladar no ponto. E que seja já em Bruxelas.

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