O Benfica deslocou-se esta noite ao Estádio dos Barreiros para cumprir o calendário da oitava jornada da Liga NOS. Os encarnados subiram ao relvado com apenas uma mudança no 11 inicial(comparação com a derrota em Basel) e uma novidade no banco de suplentes. Salvio reconquista o lugar ao jovem Zivkovic e Svilar é o guarda-redes suplente em vez de Bruno Varela. Douglas estreou-se nos convocados mas não tinha o seu nome na ficha de jogo.
Melhor forma de começar a partida era impossível. Ainda nem o relógio marcava os 2 minutos de jogo e o Benfica punha-se em vantagem com um belíssimo golo de Jonas. O suspeito do costume aproveitou o espaço que os jogadores do Marítimo lhe deram e levou a bola a fazer um arco e entrar no canto superior esquerdo da baliza adversária. A partir do golo o Benfica tentou implementar o seu futebol ofensivo mas acabou, com tempo, a ter a reação que tem sempre que marca: baixar as linhas e sofrer com a pressão adversária.
A restante, toda, a primeira parte acabou por ser contraditória daquilo que foram os dois primeiros minutos. Quando se esperava que o Benfica conseguisse corrigir a falta de organização no processo defesa-ataque, voltámos a ver o Benfica a ter muita bola mas raramente conseguia rematar à baliza. Destaca-se a jogada onde Jonas faz um forte remate mas Charles acabava por travar a bola com uma difícil defesa. Aos 44 minutos, quando se pensava que a defesa dos encarnados estava organizada, o avançado do Marítimo Pinho faz um remate acrobático e alerta, e de que maneira, Júlio César. Mais um momento que mostrou o quão fora de forma está a nossa linha mais recuada.
A segunda parte começou da mesma forma que terminou a primeira: falta de concretização no último terço do terreno. Aos 57 minutos dá-se talvez o melhor momento de Júlio César no encontro. Mais uma vez Pinho, foge da marcação e de fora de área remata de pé esquerdo. O veterano brasileiro voou e parou a bola com uma bela palmada. Excelente momento do guarda-redes encarnado e do avançado do Marítimo. 62 minutos de jogo e o Benfica faz o primeiro remate na segunda parte: Salvio, depois de um passe a desmarcar, transportou a bola, sentou o adversário e só foi parado por Charles que fez uma bela defesa.
Quem não marca sofre e o Benfica acabava por voltar a cair no erro do costume: num lance rápido e num cruzamento em arco para o segundo poste, Ricardo Valente cabeceou forte e empatou a partida. O Benfica voltou ao habitual e, depois de marcar, relaxou e sofreu o empate. A assistência (e que assistência) ficou a cargo do lateral direito Bebeto. Tanto como o golo sofrido como outras jogadas de ataque do Marítimo devem-se essencialmente a, dar a bola ao adversário e a péssima forma de André Almeida, principalmente nas marcações. (nunca mais chega o mercado de Janeiro).
Salvio tem sido muito criticado mas no encontro de hoje destacou-se várias vezes. Se houve jogador que procurou sempre soluções no ataque encarnado foi o internacional argentino. Está a melhorar de forma. Jardel, em oposto, mostrou pouco trabalho e aos 81 quase que dava o golo aos adversários não fosse a categoria de Júlio César no frente-a-frente com um jogador do Marítimo.
Rui Vitória fez entrar Krovinovic, Rafa e o reforço Seferovic mas a entrada dos 3 não deu nada de diferente ao encontro. Krovinovic está completamente fora de forma, Rafa nunca deu nada de diferente e Zivkovic era uma opção com maior valor (tendo em conta os últimos encontros) e Seferovic entra para o lugar de Jonas e Raul deixa de ter um apoio essencial.
O Benfica acaba por terminar a partida e a dividir os pontos com o Marítimo depois de ter estado a vencer durante um largo período de tempo. Este empate coincide com o empate entre os nossos rivais que, caso vencêssemos, ficaríamos mais próximo dos mesmos.
Foto de capa: radioregional.pt