Evitar (todos) os erros

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    Faltam oito finais e nenhuma pode ser negligenciada. O jogo do ano (ou do título) será sempre, a partir daqui, aquele que se segue, disputado em casa ou fora, qualquer que seja o adversário. O Benfica depende apenas de si para manter o 1.º lugar; para chegar ao tricampeonato 29 anos depois. Porém, qualquer erro, qualquer desconcentração ou qualquer relaxamento podem alterar, por completo e de imediato, esta situação, esbanjando a equipa uma vantagem que conquistou com todo o mérito e toda a justiça – e já agora: no sítio e na hora certas.

    Quando Mitroglou – o avançado relegado pelos rivais e com que o Benfica se tem vindo a contentar (até ao momento autor de 19 golos nesta época) –, festejando mais um golo, mais uma vitória e mais uma goleada, despiu a sua camisola aconteceu exactamente, num resumo dum segundo imperfeito, tudo aquilo que nesta fase não pode acontecer ou que, no mínimo, deve ser evitado: um erro, uma desconcentração e um relaxamento. Pouco me importam as suas razões, se o acto foi ou não intencional, instintivo ou reflectido, se foi estratégia ou, simplesmente, uma explosão de alegria.

    Numa ou noutra justificação, a resposta peca sempre por desvirtuar a forma de ser, de estar, desta equipa (e do seu treinador) e que tão bem explica (a todos os defensores da verdade desportiva) a sua actual posição, quer em Portugal quer na Europa dos oito. Ao grego faltou concentração ou, como alternativa, consideração pelo próximo adversário. Pelo sim, pelo não, escolho acreditar na primeira hipótese – cometer um erro acontece a todos e Mitroglou, na verdade, já conquistou crédito para, desta vez, ser perdoado.

    Estratégia ou esquecimento? Um erro. Fonte: SL Benfica
    Estratégia ou esquecimento? Um erro
    Fonte: SL Benfica

    Trabalho e humildade

    O Benfica desloca-se ao Bessa. O Boavista está longe dos seus tempos áureos; no entanto, o seu recinto sempre foi, e continua a ser, sinónimo de grandes dificuldades. Apesar da confiança – que se sente no relvado e se propaga no apoio de milhões –, a base para esta vitória terá sempre de passar pela receita de sucesso demonstrada, semanalmente, em cada lance e em cada jogo: muito trabalho e muita humildade. É fundamental respeitar o adversário e jogar, do primeiro ao último minuto, como se tudo se resolvesse aqui e agora, de preferência, usando do talento colectivo e individual de que dispomos.

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    João Amaral Santos
    João Amaral Santoshttp://www.bolanarede.pt
    O João já nasceu apaixonado por desporto. Depois, veio a escrita – onde encontra o seu lugar feliz. Embora apaixonado por futebol, a natureza tosca dos seus pés cedo o convenceu a jogar ao teclado. Ex-jogador de andebol, é jornalista desde 2002 (de jornal e rádio) e adora (tentar) contar uma boa história envolvendo os verdadeiros protagonistas. Adora viajar, literatura e cinema. E anseia pelo regresso da Académica à 1.ª divisão..                                                                                                                                                 O João não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.