Numa altura em que o mister Rui Vitória usufrui das suas merecidas férias, não me sai da cabeça uma da últimas declarações do técnico português: “podemos mudar o sistema tático”. É sobre essa possível mudança de sistema tático que hoje venho aqui dar a minha opinião.
Há mais de 5 anos que não vemos o Benfica a jogar fora do registo de 4-4-2 ou 4-2-3-1 e para estas são as melhores táticas onde o Benfica se enquadra. Nas primeiras temporadas de Jesus, habituámos-nos a ver Aimar a fazer a posição de 10 e a jogarmos com 2 trincos onde um deles era ligeiramente mais ofensivo que o outro. Nas últimas épocas de Jesus e as duas de Vitória, o 4-4-2 com a posição 8 foi a tática mais utilizada.
Com a chegada do croata Krovinovic, o jovem jogador, e que até agrada-me a vista, traz a ideia de que podemos regressar ao esquema tático com o tradicional distribuidor de jogo. Contudo, recuar o Pizzi para jogar ao lado do trinco, perdemos aquela visão de jogo que tanto nos agradou nas últimas épocas. Jogar em 4-2-3-1, e com o jovem croata, tiranos também a possibilidade de jogar com a dupla ataque das últimas épocas, Jonas e Mitro. O brasileiro não rende tanto sozinho no ataque e o grego camisola 11 está habituado a jogar sozinho visto o fazer na seleção grega.
O outro esquema tático em vista seria o regresso do típico 4-3-3 onde Pizzi dividiria terreno com… há primeira vista Krovinovic (não esquecendo André Horta). Nunca fui adepto do 4-3-3, tirando em clubes que jogam muito com a posse de bola no meio-campo (exemplos: Barcelona ou Manchester City). Jogar em 4-3-3 continuaríamos a não conseguir apostar na dupla de sucesso de ataque e fazia com que os nossos extremos jogassem mais nas alas e pouco em jogo interior.
4-4-2 vs 4-2-3-1 vs 4-3-3
Não mudemos o que está a resultar. O 4-4-2 traz 3 aspetos que me deixam babado a olhar para o relvado. Jogar com extremos que desequilibram para o centro do terreno; Pizzi a continuar a ser o nosso 8 e a deixar-nos de boca aberta com a visão de jogo; Manter o camisola 10 e 11 na frente de ataque a destruir as defesas adversárias.
Mudar o esquema tático levaria a uma adaptação de uma grande parte de jogadores no seu estilo de jogo e seria um risco para o início da temporada. Recordo-me da derrota por 1-0, no Algarve, frente ao Sporting, quando Rui Vitória encontrou em campo jogando em 4-2-3-1 e não chegamos a ver o “Benfica em campo”.Posto isto, é manter o glorioso 4-4-2 com uma posição 6 e 8.