“Era uma vez no México”, conhecem? Para os mais distraídos, no que diz respeito ao mundo cinematográfico, é um filme do final do século XX que conta a história de um Mariachi, que para além de Mariachi, era um mercenário com um passado perturbado que defende o presidente do México de uma revolução e vinga-se da morte da mulher. António Banderas é o responsável por dar vida ao homem da guitarra. Antes que questionem esta introdução, calma, tudo isto vem à baila porque o Benfica também tem o seu Mariachi.
A curiosidade faz das suas e, apesar de boa parte da acção do filme ser na Cidade do México, o filme, tal como a vida de Jiménez, começa em Tepeji del Rio Ocampo, uma pequena cidade nos arredores da capital. A vida e o ofício conduziram a personagem de Banderas até à principal metrópole do país. Jiménez fez o mesmo e, em 2007, com apenas 15 anos de idade, foi jogar para o América, um dos grandes.
Fininho, esguio, apenas mais um, aos olhos de muitos, com o desejo de singrar no mundo do futebol. Em 2011 dá o salto para a equipa principal, 4 anos depois. Daí para a frente foi Jiménez mais 10. Subiu progressivamente de forma e de números. No primeiro ano registou 2 golos em apenas 10 jogos. Calma. Depois disto, 14 golos em 41 jogos e 18 em 37.
Revelou ser um avançado puro, um homem de área com faro para o golo. Esta virtude chamou à atenção na Europa. Simeone, que aqui pode ser pintado como um homem que contratou Banderas no filme, viu, nele, um potencial avançado para o Atlético de Madrid, em 2014.
A chegada à capital espanhola acatava outro tipo de responsabilidades. Ali a competição era mais forte. Torres, Griezmman, o feito de Simeone no que toca a avançados, o historial de um clube que viu jogar Aguero e Forlán.
A aventura acabou cedo e só teve um ponto alto, o golo, feito contra o Sevilha para o campeonato. Tal como o Mariachi, numa certa altura do filme, Jiménez esteve perdido. Sem saber ao certo para onde ir, mas o destino encarregou-se que o Benfica fosse a sua nova casa.