CS Marítimo 0-2 SL Benfica: O tri já ali

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    Jogo perigosíssimo para o bicampeão nacional nos Barreiros, altamente impedido de falhar após a fácil vitória do Sporting no dia de ontem. Sem Gaitán (mesmo fisicamente limitado oferece sempre dinâmica e criatividade à equipa), essa tarefa mais complicada ficaria. Foi, pois, sem surpresa que a primeira meia-hora foi de muitos nervos, passes falhados e poucas boas ideias atacantes por parte do Benfica. Perante a responsabilidade da partida, a ansiedade e o nervosismo tomaram conta dos jogadores, que não conseguiam concretizar (a eficácia decresceu a pique nos últimos tempos) as oportunidades de golo que foram criando. Sem ter um caudal ofensivo de grande relevo, a qualidade de Jonas e companhia é suficiente para que, individualmente, os lances de perigo possam aparecer.

    Se o cenário já não estava favorável, muito menos ficou quando, aos 37 minutos, Renato Sanches foi expulso por acumulação de amarelos. Se o segundo amarelo não merece grande discussão e só se pode atribui-lo à imaturidade do jovem médio, o primeiro amarelo, por suposta simulação, é ridículo e acabou por se revelar altamente penalizador para o motor (nos últimos tempos nem tanto…) do Benfica. Oportunidades falhadas, a jogar durante quase uma hora com menos um jogador, com a equipa nos limites físicos e mentais… não se augurava nada de bom. O intervalo chegou em boa hora para Rui Vitória assentar ideias e “começar do zero”. A tarefa adivinha-se hercúlea mas este fantástico grupo de jogadores seria capaz de dar conta do recado.

    O 20.º golo no campeonato e porventura o mais importante de Mitroglou Fonte: #SL Benfica
    O 20.º golo no campeonato e porventura o mais importante de Mitroglou
    Fonte: #SL Benfica

    Nem 5 minutos após o regresso dos balneários, Mitroglou aproveitou a felicidade de um ressalto de um jogador maritimista e bateu Salin, fazendo aquilo que parecia ser o mais complicado: desatar o nulo antes que as cãibras tomassem conta dos jogadores insulares. Momentos depois da chegada do Benfica à vantagem tivemos o momento mais arrepiante e assustador do jogo: o central Maurício caiu desamparado no relvado e perdeu os sentidos durante vários minutos. A partida esteve interrompida durante 10 minutos mas o Benfica manteve-se focado e concentrado. Mesmo sem ter criado qualquer (!) oportunidade de golo clara, o Marítimo ia conseguindo criar alguns calafrios na defesa encarnada (chegou a ter um golo bem anulado) muito por culpa de algumas fifias de André Almeida e pela desvantagem numérica.

    Em boa hora chegaria a bomba de Talisca, aos 83 minutos, que fechou em definitivo as contas do jogo, que só não ficaram mais “gordas” porque a barra negou o terceiro a Raúl Jiménez. Uma vitória de grande superação de um fabuloso grupo de jogadores para quem o tricampeonato está já ao virar da esquina, depois de uma série de 19 vitórias e uma derrota (!) nas últimas 20 jornadas… O grupo para quem as arbitragens habilidosas e cargas de água em relvados passam completamente ao lado. O grupo de jogadores e o treinador para os quais a única mala que importa é aquela em que poderão guardar o hipotético 35.º título nacional.

    A Figura:
    Fejsa – Final da época monstruoso para o trinco sérvio. Depois de vários meses na sombra de Samaris, apareceu em grande forma para carregar o Benfica para o título. Destrói, joga por ele, joga por Renato Sanches e entrega fácil…

    O Fora de Jogo:
    Renato Sanches – Ao contrário do colega do miolo do terreno, Renato Sanches tem vindo a arrastar-se de há vários jogos para cá. Como no pior cano cai mesmo a nódoa, a expulsão estapafúrdia aos 40 minutos podia ter custado muito caro ao Benfica. O Carlos Martins bem o sabe…

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    Francisco Vaz de Miranda
    Francisco Vaz de Miranda
    Apoia o Sport Lisboa e Benfica (nunca o Benfas ou derivados) e, dos últimos 125 jogos na Luz, deve ter estado em 150. Kelvin ou Ivanovic não são suficientes para beliscar o seu fervor benfiquista.                                                                                                                                                 O Francisco não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.