Foi incontestável, clara e indiscutível a vitória do Benfica, que permitiu a equipa de Rui Vitória solidificar-se na liderança. A superioridade esteve sempre lá – Moreirense pagou caro a instabilidade interna – e, mesmo com um Benfica relaxado, a principal figura do Moreirense foi o seu guardião, que evitou mais uma mão cheia de golos. Neste tipo de jogos, contra equipas fechadas, uma equipa grande tem de ter argumentos criativos para ludibriar a organização defensiva dos adversários. E o Benfica teve. Créditos para Pizzi, decisivo na marcação dos dois golos. Até aí, o futebol do transmontano é cerebral.
Não houve muita história para contar neste jogo, o que prejudica qualquer rescaldo/crónica. Os pontos essenciais são fáceis de explicar. O Benfica, desde cedo, impôs a sua natural superioridade e foi empurrando o Moreirense para a sua zona defensiva. Os comandados de Rui vitória, mesmo com algum relaxamento/cansaço, foram colecionando algumas ocasiões e o golo acabou por surgir de forma natural. Não dava pelo futebol apoiado; deu pelas transições. Pizzi, com classe, marcou. O intervalo chegava e só uma equipa parecia estar em campo.
No segundo tempo, quando se esperava uma reacção do Moreirense… Continuou tudo na mesma. A equipa de Moreira de Cónegos só com os esticões de Podence é que conseguia retirar a bola do seu meio-campo. O Benfica, mesmo sem a objectividade de outros jogos, chegou com naturalidade ao golo da tranquilidade. Pizzi, mais uma vez, a ter a inteligência que faltou aos seus colegas, e a bisar no encontro.
Até ao fim, Rui vitória tentou gerir a equipa e o resultado. O terceiro golo chegou com a assinatura de Jiménez e, sobretudo, a velocidade de Rafa.Não era noite para grande futebol. O Moreirense tem de recuperar deste autêntico tiro nos pés. Quanto ao Benfica, alargou a vantagem para o Porto e cumpriu o seu objectivo. É mesmo verdade: no futebol moderno, o facto de se ter um cérebro pode fazer toda a diferença.
Foto de Capa: SL Benfica