Perspetivava-se um jogo difícil para o SL Benfica. O Boavista impôs respeito com o seu sexto lugar no campeonato, mas esse estatuto dissolveu-se numa exibição suave perante uma primeira parte extraordinária dos encarnados. Os axadrezados não conseguiam reagir à pressão enorme de Rafa e de Cervi nos corredores, bem como às combinações do argentino com Zivkovic e Grimaldo.
A primeira parte feroz das águias resultou também do facto das mesmas não se terem abalado após um penalti falhado pelo camisola 10, Jonas – o avançado brasileiro desperdiçou a segunda grande penalidade consecutiva para o campeonato. Bastou, então, uma primeira parte de grande nível, sobretudo de Ruben Dias e de Jardel, para encostar o Boavista às cordas.
Na segunda parte a turma de Jorge Simão ainda tentou chegar-se à frente, mas Fesja e Pizzi não falhavam passes e André Almeida progredia na ala direita com relativa facilidade, tal como Rafa, Grimaldo e, o melhor jogador, Cervi. O médio Zivkovic é, de caras, o melhor “número 10” do Benfica desde a saída de Pablo Aimar. Está encontrado o substituto do mágico argentino para a função que se destina a servir um ponta de lança como Jonas – qual Djuricic, qual quê!
Mateus e Renato Santos foram dois elementos inconformados na formação axadrezada. Ambos criaram algum perigo e obrigaram Fesja e Jardel a mexerem-se, depois de terem sido forçados a cometer alguns erros. O auto golo do Boavista e, posteriormente, o golo “à Jimenéz” do avançado mexicano sentenciaram a partida com justiça.
A formação da luz venceu este jogo e fê-lo de forma categórica! O Benfica jogou à Benfica. Pela primeira vez na temporada os encarnados fizeram uma exibição a roçar a perfeição. Cinco estrelas taticamente, nota artística e, não tivesse Jonas falhado aquele penalti, seria de brindar a finalização, também, com 5 estrelas.
Artigo Revisto por: Vanda Madeira Pinto