O Herói de Sines – Entrevista a Márcio Madeira

    BnR: O futebol é como uma escapatória para si? Ou é, a coisa mais importante das menos importantes da sua vida?

    MM: Eu já vivi do futebol, logo ele já foi muito mais importante do que é hoje em dia. Hoje é um passatempo mas que ainda levo muito a sério. Quem é profissional como eu sou nunca chega a jogar como um amador. Quem tem filhos, quem tem família e preserva a sua saúde não pode dar uma carga muito forte a um jogo de futebol. Concordo com essa velha máxima, é o mais importante das coisas menos importantes que tenho na vida.

    É no Vasco da Gama que Márcio tem reencontrado a alegria em jogar futebol. Márcio tem sido fundamental para a equipa de Sines, assinalando uma grande temporada Fonte: Vasco da Gama de Sines
    É no Vasco da Gama que Márcio tem reencontrado a alegria em jogar futebol
    Fonte: Vasco da Gama de Sines

    BnR: Ao longo da sua carreira passou por vários clubes: Vasco da Gama, Moreirense, União Micaelense, Nacional, Operário. Como é que foi a experiência nas duas regiões autónomas?

    MM: Foram experiências incríveis e que guardo com enorme carinho. Adorei viver nas ilhas, tanto nos Açores como na Madeira, guardo boas amizades de ambos os locais e espero voltar para visitar porque a beleza que encontramos naqueles lugares é incomparável e única. A minha filha é madeirense porque fiz questão que assim fosse, acho que isto é significativo do quanto eu me sentia em casa no Funchal por exemplo.

    BnR: Como surge o convite para ir para S.Miguel e como avalia essa sua experiência?

    MM: Surge no defeso depois da época que fiz no meu primeiro ano de sénior em Sines, fui o melhor marcador da equipa e marquei ao União Micaelense e ao Operário os golos desses mesmos encontros. Ficaram ambos com referencias positivas e fui convidado para representar primeiro o Micaelense e um ano depois o Operário. Penso que nesse ano jogávamos contra 9 equipas insulares, o campeonato era muito competitivo (II Divisão e jogávamos às quartas e aos domingos em virtude do numero de equipas ser elevado). Outros tempos.

    BnR: Recentemente publicou um texto a apelar à força de vontade e à união dos jogadores do Nacional da Madeira, clube onde jogou. É outro clube pelo qual guarda um carinho especial?

    MM: Sim como disse nesse mesmo texto, não tenho apenas uma costela madeirense, tenho uma filha. Foi um pedido de vários adeptos que recordam a minha passagem pela forma de estar, não jogava muito mas sinto que marquei pela positiva quem comigo privou. Jogar no principal escalão do nosso futebol era um sonho e foi ali que o realizei. E nesta altura senti que podia ajudar desta forma, acredito que o Nacional se vai manter na I Liga e que tudo não passará de um tremendo susto. Guardo excelentes recordações e muitos jogadores que fazem parte do plantel jogaram comigo. Desejo-lhes a melhor sorte para os próximos desafios.

    BnR: E agora, o futuro? O que é que pretende fazer nos próximos anos da sua carreira?

    MM: Quero estabilizar a nível profissional, estudei para isso quando terminei a carreira, neste momento tenho um emprego estável e quero evoluir dentro do mesmo. Ser melhor e fazer melhor dentro desta nova área pela qual me apaixonei. No futebol quero como lhe disse manter-me no ativo aqui na minha terra e ajudar o Vasco da Gama a cimentar o seu lugar como uma das melhores equipas do distrito.

    Foto de capa: Vasco da Gama de Sines

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    Emanuel Melo
    Emanuel Melohttp://www.bolanarede.pt
    O Emanuel está no terceiro ano da licenciatura em Comunicação Social e Cultura. Vem da terra do Pauleta, das paisagens deslumbrantes e do queijo Terra Nostra. Gosta de ver a Premier League e espera um dia poder vir a ser relatador de futebol.                                                                                                                                                 O Emanuel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.