À procura da mina de ouro

    tinta azul em fundo brando pedro nuno silva

    A maior preocupação, hoje mais do que nunca, dos clubes de futebol parece ser a sua sobrevivência e sustentabilidade. Podemos deprimir ou festejar com os resultados desportivos mas nada está acima da sobrevivência. As conquistas desportivas são a ponta de um iceberg que engloba uma grande variedade de gente, estratégias e dinheiro para alcançar o objectivo máximo no desporto.

    Ora, face à crise existente, há uma necessidade crescente de procura de financiamento para que os clubes continuem a crescer e a obter bons resultados. Os bancos – vítimas (ou não) da crise também – já não têm a torneira aberta para os clubes se financiarem como querem e mesmo os patrocínios já não caem do céu. Veja-se que o Porto está à procura de patrocinador já que a PT deixará de ser seu sponsor em 2015.

    A solução parece, então, ser criativo, procurar gatos pretos escondidos e tentar o que estiver ao alcance para ir buscar dinheiro onde houver.

    Depois da polémica dos fundos (que eu defendi num texto anterior) parece que chegou algum consenso ao futebol português. Pinto da Costa apoiou recentemente a legalização das apostas desportivas, assumindo a mesma posição que o Sporting. Um mercado que gere milhões de euros e que podia representar uma nova fonte de receita para os clubes, não só vindas de Portugal mas também do resto do mundo, já que está “à distância de um clique”.

    destaque
    Brahimi venceu o prémio de jogador africano do ano, atribuído pela BBC
    Fonte: Página de Facebook do FC Porto

    Também de diplomacia se faz o futebol. Uma comitiva portista deslocou-se até Angola para firmar um acordo entre a formação Dragon Force e a Academia de Futebol de Angola (AFA). No Brasil e na Colômbia já se tinham acordado projectos similares. Estas academias são uma “embaixada” do clube, expandido-o, abrindo os horizontes e procurando novas formas de encontrar jovens jogadores, mas principalmente de fortalecer a marca FC Porto. Desde camisolas a patrocínios ou digressões por estes países, tudo serve para que o clube fique mais sólido financeiramente e assim possa investir em grandes jogadores que lhe possam garantir títulos. Com as conquistas nacionais e internacionais aumentar-se-á ainda mais a projecção do clube e assim temos um ciclo completo em que nenhuma parte pode sobreviver sem a outra.

    O FC Porto também se tem movimentado melhor nas redes sociais e está mais diplomata do que nunca; basta ver a quantidade de fãs colombianos, brasileiros, argelinos, entre outros, que, devido aos craques e às conquistas, nos seguem. E não sendo adeptos de coração, são certamente uma mais-valia para os dragões que se querem cada vez maiores e mais ganhadores. Acredito que este é o caminho a seguir e que os resultados aparecerão – afinal, sendo um clube de coração bairrista, a nossa mente sempre esteve voltada para glórias maiores do que o nosso país.

    Foto de capa: Página de Facebook do FC Porto

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    Pedro Nuno Silva
    Pedro Nuno Silva
    Portista de corpo e alma desde que se conhece e amante de futebol, quando o assunto é FC Porto luta para que no meio do coração lhe sobre a razão.                                                                                                                                                 O Pedro não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.