Nota introdutória: num país onde imperasse a seriedade notas como estas seriam desnecessárias, mas como não é o caso, vejo-me forçado a escrevê-la. A análise abaixo serve para expor aquilo que, na minha opinião, foram os erros do FC Porto na época 2016/2017, não serve em momento algum para desculpar os erros de arbitragem que entregaram de bandeja o título de campeão ao Benfica.
No momento em que escrevo isto ainda não há treinador contratado para a próxima época, embora se fale insistentemente em Marco Silva. E, caso se confirme, chega com alguns anos de atraso. Um, pelo menos. Nuno Espírito Santo (NES) nunca teria sido a minha escolha. E não o digo com base nos resultados, porque em condições de igualdade na competição entre todos os candidatos o FC Porto teria sido campeão apesar de NES. Digo-o porque lhe faltava experiência, faltava-lhe ter dado provas no passado, faltava-lhe mostrar alguma chama. Não é que o MS seja um veterano, mas, mesmo na altura, quando se comparava o percurso de um e outro, a escolha tornava-se óbvia.
Além de não ter sido uma escolha que entusiasmasse os adeptos, NES recebeu ainda um grupo de trabalho com algumas lacunas e alguns problemas. A defesa só ficou completa no fim de Agosto com a chegada de Boly; Brahimi ficou mas não contava; para o ataque havia dois miúdos (André Silva e Jota) e Depoitre que não merece grandes comentários; e no meio-campo era a confusão total tendo em conta a quantidade de jogadores para aquele sector. Chega Setembro, sai Antero Henrique e entra Luís Gonçalves (LG), e algo me diz que a trapalhada que foi para formar o plantel não pode ser dissociada desta troca de director desportivo, chamemos-lhe assim.