Comprar: Necessidade ou Oportunidade?

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    Chegamos ao fim de um ano que antecede um outro que esperamos seja de alegria para todos nós, portistas. O FC Porto respira saúde, renova expetativas a cada jogo disputado e permanece com as aspirações intactas em todas as provas que disputa. Importa não esquecer de juntar a tudo isto o facto de já ter alcançado o primeiro dos objetivos previamente definidos para esta época: a passagem aos oitavos de final da Liga dos Campeões, que, consequentemente, ajudou a reequilibrar as finanças do clube. Com o término da primeira metade da temporada, eis que é também tempo de reabertura do mercado de transferências. Por isso, sem alarmismos, impõe-se uma pequena análise ao que se tem e ao que se poderá ter e, no meio deste equilíbrio, perceber quais as possibilidades ao nível das saídas.

    Numa ligeira comparação com a época passada importa reconhecer que o FC Porto chegava ao Natal com grandes preocupações ao nível do setor atacante. A equipa produzia muito mas não sabia traduzir isso em (muitos) golos, pelo menos na medida do exigível e do suficiente. André Silva parecia ser uma solução curta e Depoitre um autêntico desastre, pelo que o novo ano trouxe ao Dragão Tiquinho Soares que, rapidamente, se revelou uma mais-valia. Tudo isto para nos levar ao ponto essencial: o FC Porto de janeiro de 2017 revelava um tremendo handicap num dos setores da equipa (o ataque) que, não raras vezes, lhe custou pontos importantes na classificação final.

    Ora, o FC Porto de janeiro de 2018 não se debate com esse problema, mas sim com a possibilidade de acrescentar poder de fogo a um conjunto que, por si só, já vai dizimando. O “plantel é curto, mas elástico” como alguém tão sabiamente ousou caraterizá-lo e, nesse sentido, impera a necessidade de não ficar refém da elasticidade de um plantel que, se apresenta estes resultados com as limitações quantitativas que tem, imaginemos se acabar por ser dotado de mais uma ou duas verdadeiras e determinantes opções.

    Wendel seria uma boa opção para o estilo de jogo do FC Porto Fonte: Domínio de Bola
    Wendel seria uma boa opção para o estilo de jogo do FC Porto
    Fonte: Domínio de Bola

    Olhando ao lote dos 24 jogadores efetivos com quem Sérgio Conceição trabalha diariamente sou da opinião de que, não descortinando uma evidente deficiência em qualquer das posições, existem dois casos que nada perderiam se vissem as opções para os mesmos aumentarem: meio campo (transportador de jogo) e ataque (extremo). A ideia de jogo de Sérgio Conceição assenta claramente na recuperação da bola em zonas altas do terreno e ataque rápido em direção à baliza contrária. Nesse sentido, a componente física assume preponderância em detrimento da técnica. Assim se explica, em parte, o eclipse de Óliver e a passagem de Herrera de besta a bestial.

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    Ricardo Anselmo
    Ricardo Anselmohttp://www.bolanarede.pt
    O azul e o branco é parte fundamental da vida do Ricardo. O amor pelo FC Porto faz dele um adepto ferrenho dos 'dragões'. Tem na escrita um amor quase tão grande como o que tem pelo clube, sendo sobre futebol que incide a maior parte das suas escrituras. No futuro, espera encontrar no jornalismo a sua ocupação profissional.                                                                                                                                                 O Ricardo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.