Estreia do FC Porto na Taça da Liga frente a um Leixões SC que vinha moralizado de uma vitória na primeira jornada da competição contra o FC Paços de Ferreira e de uma temporada até então extremamente positiva. Frente a pouco mais de 26 mil espetadores presentes no Estádio do Dragão, Sérgio Conceição fez uma verdadeira revolução na equipa deixando apenas, de entre os habituais titulares, José Sá, Felipe e Aboubakar no onze inicial apresentado. A equipa estruturou-se, inicialmente, num 4-3-3 com Aboubakar na frente de ataque ladeado, nas laterais, por Hernâni e Galeno.
A primeira parte do encontro foi muito disputada a meio-campo e com poucas ocasiões de verdadeiro perigo para ambas as equipas. Num bocejo em 45 minutos, sempre disputados em ritmo lento, a primeira oportunidade de golo acabaria por pertencer ao FC Porto e, em particular, a Galeno. Aos 14 minutos Óliver fez um cruzamento atrasado e, na grande área, o brasileiro apareceu solto mas a rematar para longe da baliza. Aos 39 minutos de jogo foi a vez do Leixões SC, por intermédio de Breitner, criar perigo junto à baliza dos azuis e brancos. Num livre direto apontado pelo brasileiro, este rematou pouco ao lado da baliza à guarda de José Sá. Fim da primeira parte e, na segunda, esperar pior seria quase impossível!
O FC Porto regressou do intervalo com o mesmo onze mas, nos primeiros minutos, com uma atitude diferente. O ritmo de jogo elevou-se, embora a organização ofensiva do FC Porto fosse sempre muito pobre em ideias, e logo aos 49 minutos Galeno voltou a estar perto do golo. Em resposta a passe de Óliver, o brasileiro cabeceou por cima num lance dividido com o guarda-redes André Ferreira. Aos 51 minutos, cruzamento perigoso de Hernâni para Galeno mas o brasileiro, em posição privilegiada, acabaria por falhar o cabeceamento. Aos 73 minutos de jogo, já com Jesús Corona, Marega e Brahimi em campo, o mago argelino recebeu a bola dentro da grande área, serviu o mexicano mas este, de pé esquerdo e em excelente posição, acabaria por rematar ao lado da baliza do Leixões SC. Tendo alguns dos habituais titulares em campo os azuis e brancos começavam a apresentar dinâmicas coletivas mais interessantes e, aos 79 minutos, Maxi Pereira ganhou a bola na direita, entrou na grande área e serviu Reyes; o mexicano, à entrada da pequena área mas já desequilibrado, acabaria por rematar ao lado. O FC Porto carregava na reta final do encontro e, aos 86 minutos, Jesús Corona cruzou a partir da esquerda para Marega e o maliano, após vencer o defesa central leixonense nas alturas, acabaria por cabecear com perigo, ligeiramente por cima da baliza à guarda de André Ferreira.
Ponto final no encontro e, a seguir ao Besiktas JK, o Leixões SC tornou-se na segunda equipa a conseguir não sair derrotada do Estádio do Dragão na presente temporada. O FC Porto apresentou uma equipa repleta de “segundas linhas” e pagou cara a fatura da ausência de dinâmicas coletivas entre os futebolistas. Os azuis e brancos tiveram muita posse de bola mas sempre com pouca criatividade no momento ofensivo; mérito também para o Leixões SC que, com uma excelente organização defensiva mas nunca abdicando dos momentos de transição ofensiva, conseguiu mostrar às equipas da Primeira Liga que é possível trazer pontos do Estádio do Dragão sem “estacionar um autocarro” à frente da baliza.