Noite de estrelas no Dragão: a UEFA Champions League estava de volta à cidade Invicta após um hiato de dois meses, e a convidada de honra era a poderosa Juventus de Itália.
Para a história fica o resultado, 0-2 a favor da Vecchia Signora. Resultado justo e profundamente negativo para as aspirações dos azuis e brancos. Não posso, e considero, até, que seria desonesto da minha parte, crucificar os jogadores e a equipa do FC Porto por este resultado. É certo que o resultado é bastante penalizador e que a exibição, qualitativamente falando, foi pobre, antes e depois da expulsão. No entanto, depois de ver os jogadores correrem o que correram, só merecem a minha palavra de apreço.
Nota prévia: A Juventus é uma séria candidata à vitória final. Tem muita qualidade coletiva e individual, e tem aquele cinismo italiano.
Comecemos pelos onzes. O FC Porto apresentou-se no já habitual 4x4x2, com Rúben Neves a ser a surpresa da noite, alinhando ao lado de Danilo. De resto, quarteto defensivo esperado, com Maxi, Felipe, Marcano e Telles. Na frente jogaram André Silva e Soares, apoiados nas alas por Herrera (na direita) e Brahimi (na esquerda). Na baliza, uma das duas lendas que guardaram as balizas do Dragão esta noite, Iker Casillas.
Onze da Juventus: Buffon, Lichtsteiner, Barzagli, Chiellini, Alex Sandro, Khedira, Pjanic, Cuadrado, Dybala, Mandzukic, Higuaín. Tanta qualidade.
A história do jogo é muito simples. FC Porto dono e senhor… Dos minutos iniciais da partida. Nos primeiros dez minutos conseguiu incomodar a Juve, destacando-se um livre direto de Brahimi e um remate de fora da área de Rúben Neves. A partir daí, a Juventus tomou conta do jogo e só parou de carregar em cima do Porto após o apito final de Felix Brych.
Mas vamos por partes. Sim, porque este jogo teve duas partes e desta feita não foram homogéneas. Trinta minutos de jogo com onze jogadores para cada lado e sessenta com o FC Porto em inferioridade numérica. Em pouco mais de um minuto, o brasileiro Alex Telles viu dois cartões amarelos e recebeu ordem de expulsão. Pode atacar-se o árbitro da partida por dualidade de critério, já que perdoou vários cartões aos italianos, mas na expulsão de Alex limitou-se a cumprir as regras.